domingo, 27 de dezembro de 2009

Pecuária precisa melhorar pasto para reduzir emissão de gases de efeito estufa

Para reduzir as emissões de gases de efeito estufa na pecuária, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) pretende incentivar os produtores a melhorarem a qualidade dos pastos. Esse procedimento pode reduzir o ciclo de produção de três anos, em média, para até dois anos. “Pastagens hoje degradadas, que estão com baixíssima produtividade, se receberem um investimento adequado e tratamento de solo, terão o ciclo de produção do gado bastante reduzido, talvez de nove meses a um ano. Com isso melhora a questão ambiental, com menor custo e maior produtividade da nossa pecuária”, afirmou o presidente da Abiec, Roberto Gianetti. Segundo ele, se o período de engorda do gado for reduzido é possível diminuir em até 30% as emissões de metano geradas durante a digestão dos animais. Para colocar as medidas em prática, Gianetti quer financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para os pecuaristas. Outra ação importante, na avaliação do presidente da Abiec, é o rastreamento do gado, desde o nascimento até o abate. De acordo com ele, esse procedimento certifica o local de produção da carne e evita que seja oriunda de áreas de desmatamento, além de garantir a qualidade sanitária, fundamental para a exportação para alguns países. Gianetti acredita que os frigoríficos devem pagar aos produtores pela carne certificada, como forma de incentivo pelo diferencial. A pecuária foi apontada como responsável pela metade das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, segundo pesquisa desenvolvida pela Universidade de Brasília (UnB), pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela organização não governamental (ONG) Amigos da Terra. O estudo, que considera principalmente o período de 2003 a 2008, mostra que a pecuária emite aproximadamente 1.000 milhões de toneladas (Mton) de gases de efeito estufa por ano, de uma produção total no país de 2.000 a 2.200 Mton anuais. As três principais fontes de emissões de gases de efeito estufa relacionadas a criação de gado, de acordo com a pesquisa são: o desmatamento para a formação de pastagens, as queimadas de pastagens, e a fermentação entérica do gado (produção de gases durante a digestão). Vida a baixo consumo de carbono vira moda entre os chineses Enquanto as autoridades mundiais debatem as metas de redução das emissões de gases poluentes em Copenhague, a sociedade chinesa faz a sua parte e começa a adotar o conceito de "vida a baixo consumo de carbono". Cada vez mais os chineses compram eletrodomésticos que consomem menos energia, racionalizam o uso da eletricidade, usam menos ar-condicionado, deixam os carros na garagem e optam pelo transporte público e reciclam a água usada. Outra modalidade em moda é a troca ou doação de artigos pouco utilizados no dia-a-dia. Esse estilo de "vida a baixo consumo de carbono" é cada vez mais popular no país. Alguns sites já disponibilizam em suas páginas sessões especiais sobre como reduzir as emissões de carbono, com a possibilidade de os internautas pagarem por suas emissões de CO2 através de doações para o plantio de árvores. Especialistas afirmam, porém, que a China tem a maior população do mundo e é um país de desenvolvimento econômico rápido. A construção de uma sociedade com baixo consumo de carbono está apenas na fase inicial, sendo necessária a intervenção governamental para popularizar esse conceito. Segundo estatísticas oficiais, o volume de emissões de CO2 per capita da China entre os anos de 1950 a 2002 ocupa a 92º lugar no mundo.

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