sábado, 23 de janeiro de 2010

Derretimento de gelo na Antártida e na Groenlândia acelera, mostra satélite da Nasa

Em vermelho, as áreas de afinamento.
Pesquisa do British Antarctic Survey (BAS) e da Universidade de Bristol publicada em setembro de 2009 pela revista “Nature” aponta uma aceleração da perda de gelo via glaciares da Antártida e da Groenlândia. No caso do continente antártico, os cientistas analisaram 43 milhões de dados colhidos por satélites da Nasa, a agência espacial americana. Para avaliar a situação na Groenlândia, foram 7 milhões de medições. Nos dois casos, o período analisado é de 2003 a 2007. Do G1, em São Paulo. Um glaciar é um “rio de gelo” alimentado pelo acúmulo de neve. Ele escoa das montanhas para regiões mais baixas, onde o gelo pode derreter, se romper no oceano na forma de icebergs ou reforçar uma plataforma de gelo. Plataforma é a extensão plana, flutuante, dos mantos de gelo, com espessura de 100 a 1.000 metros. Um manto de gelo é a capa de até 4 quilômetros que cobre a rocha. Flui do centro do continente em direção à costa, onde alimenta plataformas. Os cientistas chegaram a concluões nada animadoras: essa “dinâmica de afinamento” atinge, agora, todas as latitudes da Groenlândia; ela se intensificou em áreas costeiras estratégicas da Antártida; para piorar, está também penetrando profundamente o interior dos mantos. Na Groenlândia, os especialistas estudaram 111 glaciares que se movem rapidamente e localizaram 81 afinando em um ritmo duas vezes mais veloz do que o de glaciares de movimento lento, na mesma altitude. Também descobriram que a perda de gelo em muitas geleiras da Antártida e da Groenlândia é maior do que o ritmo de queda de neve no interior dos territórios. Na região antártica, as geleiras que afinam mais rápido são a da Ilha Pine, a Smith e a Thwaites. A perda de gelo ocorre a um ritmo de 9 metros por ano. “Fomos surpreendidos ao ver um padrão tão forte de afinamento das geleiras em uma área costeira tão vasta”, afirmou Hamish Pritchard, coordenador do estudo e membro da BAS. “A diluição é disseminada e em alguns casos o afinamento se estende centenas de quilômetros em direção ao interior.” A equipe de Pritchard avalia que correntes marítimas mais quentes em contato com a costa e derretendo a área frontal dos glaciares é a causa mais provável do fluxo mais acelerado das geleiras em direção ao oceano. “Essa forma de perda de gelo é tão parcamente compreendida que permanece a parte mais imprevisível do futuro aumento do nível dos oceanos”, completa Pritchard. O satélite que forneceu as informações analisadas foi o ICESat (Ice, Cloud and Land Elevation Satellite), lançado em janeiro de 2003, que cumpre uma órbita polar. A BAS , com sede em Cambridge, mantém 5 estações de pesquisa na Antártida, dois navios e cinco aeronaves. Derretimento de gelo na Antártida e na Groenlândia está mais rápido - Dados de satélite da Nasa detalham ação de glaciares, os ‘rios de gelo’. Geleiras antárticas estão perdendo 9 metros por ano.

Um comentário:

Anônimo disse...

pois o gelo na Antártida bateu todos os recordes agora em junho. Nunca teve tanto gelo na região. Afinal, essas notícias de aquecimento global são balela. Todo mundo fala quando há um degelo - normal - mas ninguém se manifesta quando ocorre o contrário.

assina Marcos h. - porto alegre/;rs

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