domingo, 21 de fevereiro de 2010

China e EUA falam em esforço para reduzir emissões de CO2

Presidente chinês não dá meta concreta; Obama pede que nações pobres participem do acordo. No dia em que a Organização das Nações Unidas sediou em Nova York uma reunião sobre o combate às mudanças climáticas com representantes de mais de cem países, os presidentes da China e dos Estados Unidos, que respondem por 40% das emissões de CO2, afirmaram que farão esforços para reduzi-las, mas sem estabelecerem metas concretas. Mais informações sobre a reunião da ONU e as emissões de CO2, Hu Jintao, o mandatário chinês, comprometeu-se a reduzir as emissões de gases-estufa em seu país até 2020 em uma quantidade não determinada, mas "importante", tendo como referência os níveis de 2005 - outros países, como o Japão, são mais ambiciosos e usam como referência o ano de 1990. Jintao afirmou que vai desenvolver as energias renováveis e nuclear e que pretende aumentar sua participação no país para em torno de 15% até 2020. Ele também anunciou que quer aumentar a cobertura florestal do país em 40 milhões de hectares antes de 2020. Disse ainda que os países ricos devem fazer esforços de redução de emissões e "apoiar os países em desenvolvimento". E que para os países pobres "a prioridade é o crescimento econômico, a erradicação da pobreza e a melhora da qualidade de vida". Comentando a fala de Jintao, o enviado dos EUA para o clima, Todd Stern, afirmou que "tudo depende do número", ou seja, da meta de redução de emissões. O presidente americano, Barack Obama, afirmou na reunião da ONU que seu país está "determinado a agir". "A jornada é árdua e não temos muito tempo para realizá-la", disse. Ele procurou mostrar comprometimento com o tema da reunião crucial sobre o clima realizada em dezembro de 2009, em Copenhague, na qual as nações tentaram alcançar um novo tratado para combater o aquecimento global, mas não falou em metas concretas. Obama está sendo pressionado para aprovar uma lei interna que reduza as emissões de gases-estufa e estimule as energias limpas. Um projeto que propõe o corte de 17% para o ano de 2020, também com base nas emissões de 2005, foi aprovado na Câmara, mas dificilmente uma versão revisada pelo Senado será fechada neste ano. O presidente americano conclamou todos os outros países - ricos e pobres - a enfrentar o problema. Ele afirmou que isso tem de ser feito, apesar da dificuldade de investir em energias renováveis enquanto o mundo tenta se recuperar de uma recessão econômica. "Todos nós enfrentaremos dúvidas e dificuldades em nossas capitais ao tentarmos alcançar uma solução duradoura para a mudança climática. Mas dificuldade não é desculpa para complacência. Obama insistiu na responsabilidade de todas as nações. Afirmou que países desenvolvidos como os EUA têm "a responsabilidade de liderar" o processo, mas as nações que se desenvolvem rapidamente devem fazer a sua parte. O Tesouro americano anunciou ontem que destinou US$ 1 bilhão (R$ 1,8 bilhão) do plano de reativação econômica de US$ 787 bilhões (R$ 1,4 trilhão) aprovado em fevereiro para projetos de energia limpa.

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