quinta-feira, 25 de março de 2010

Ecologia Interior: Deixe de ser infantil e volte logo a ser criança

Uma criança é capaz de permanecer horas maravilhadas com a beleza de uma joaninha; observando o vai vem das formigas á cata de comida; embevecer-se com o canto de um pássaro; deslumbrar-se com a paisagem – mas, á medida que o tempo passa; a educação e a cultura retiram dela a sensibilidade e a doçura; substituindo-a cada vez mais rápido pelas sensações; não raro em desgoverno – a capacidade de sentir e deslumbrar-se com o milagre da vida é substituída pela governança das necessidades nem sempre necessárias e pela ditadura da insatisfação mórbida, acalentada nas estufas das coisas dos interesses da moda. Tal e qual as frutas deveríamos amadurecer no “pé da vida” e não “encaixotados” numa forma de viver utilitarista. Viver é educar-se; mas, quase tudo em que o homem põe a mão, é contaminado pelo fungo da inveja e do egoísmo – a educação atual quase não permite que as pessoas envelheçam com a maturidade esperada pela sucessão de momentos vividos e pelas experiências. Se, ao menos; no final da existência recuperássemos o sorriso fácil; a espontaneidade; a doçura; a sensibilidade; mesmo que, ás vezes, apresentemos algumas inevitáveis birras. Cuidado: Hoje, envelhecer não significa necessariamente tornar-se uma pessoa mais madura; muitos de nós, nos assemelhamos a determinadas frutas: apodrecemos, mas não amadurecemos… Duvida? Observe como a maior parte dos adultos tem atitudes infantis, imaturas, egoístas e pouco responsáveis. Preste atenção que os verá fazendo birra; Exemplo, analise um depressivo: ele está de mal de Deus; da vida; com os em torno; ele queria um brinquedo chamado realização e felicidade; mas, se o tinha; quebrou; jogou fora; o desprezou e o quer de volta. Vigie, que você vai surpreender até o seu pai e sua mãe agindo como crianças birrentas quando as coisas não correm conforme eles desejavam (aproveite para fazer uma gozação – tal e qual fizeram com você na infância). Qual seria o motivo, ou os motivos, que impedem as pessoas de amadurecer psicologicamente? (amadurecer não é envelhecer; pois uma coisa é diferente da outra). O que é a tal da maturidade? Será que um dia estaremos totalmente maduros? O jeito mais fácil de entender a maturidade é enxergá-lo como um caminho a ser percorrido; e não uma meta. Provavelmente; nesta atual safra; nunca estaremos totalmente maduros. Dica? Quando temos quase certeza de que não somos nem menos do que imaginávamos; nem mais do que pensávamos ser. Quando percebemos com clareza que não somos nem melhores nem piores do que os outros. Que somos apenas nós mesmos; talvez desse ponto em diante; nós começamos a amadurecer; compartilhando. Como não virar um adulto com atitudes infantis? O primeiro passo é não acreditar totalmente nos adultos; pois, durante nossa vida, a maioria vai tentar nos passar o conceito de que para atingir maturidade com dignidade é preciso; perder a pureza de coração; camuflar os interesses; ralar na vida; apanhar bastante; errar muito para aprender; gerar riquezas; consumir muito; aproveitar os prazeres da existência; e coisas do gênero. Não é totalmente mentira nem absolutamente verdade, as pessoas não percebem; mas, as que cultivam a dor e o prazer a todo custo como caminho da maturidade, estão apenas justificando sua própria falta de capacidade em amar. Parece a coisa mais difícil de ser atingida a tal da maturidade, mas não é; parece para quem pensa pouco; mas não é; e até assusta de tão fácil. Um dos primeiros passos é ficar ligado, vigiar muito, para assumir todas as conseqüências das escolhas que fizer, e das atitudes que tomar, essa é uma das marcas registradas da fase infantil que deve ser substituída pela consciência sem perder a inocência. Isso se chama responsabilidade adquirida de vontade própria. Não há desenvolvimento da maturidade sem o paralelo desenvolvimento do senso de responsabilidade. Primeiro sobre si mesmo, seu corpo, sua vida sua existência. E depois sobre o organismo dos em torno; a qualidade de vida do próximo; e cuidar da sanidade do meio ambiente. Não assumir, desculpar-se, culpar os outros, jogar nas costas do destino, da sorte, do azar; aí está o maior foco da doença “ferrugem mental” que tem como sintomas principais a manutenção a qualquer preço e custo dos objetivos da criancice cretina; cujas crias transgênicas são desenvolvidas no laboratório chamado educação; que só visa a instrução; elas são: o medo; a mentira; o suborno; a chantagem; a desonestidade. Para alcançar a cura da maturidade tão comprometida no meio de tantas informações; desejos; necessidades desnecessárias; contra-informações; desmentidos e jogo de interesses, neste mundo cada vez mais maluco e padronizado; onde milhares de pessoas a todo momento querem nos “vender” soluções para problemas que nem criamos ainda; um dos remédios é recuperar a defesa infantil que preserva a pureza; a espontaneidade; a capacidade de embevecer-se com as coisas simples mantendo a pureza de coração: “Entra por um ouvido e sai pelo outro…” Perdeu-se no tempo a informação a respeito de quem teve a idéia que palavras educam, os adultos parecem um papagaio alucinado; o tempo todo maritacando no ouvido das crianças coisas muito malucas; pois, pensamos uma coisa; dizemos outra e fazemos tudo diferente, sua defesa é natural: só ouve o que realmente interessa. Uma das mais belas e necessárias qualidades infantis é a audição seletiva – a do adulto deve vir acompanhada da arte de discernir; filtrando. Quando assim o deseja a criança; faz com que as palavras e a informação entrem por um ouvido e saiam pelo outro – é urgente resgatar essa artimanha natural para manter a sanidade psicológica e a integridade física – pois, na atualidade nossos pais e mães foram substituídos, com muito perigo, pela mídia de ação rápida. Para preservar a diversidade da vida em Gaia é preciso, e urgente, recuperar a alma infantil; pois, se não nos embevecermos com a natureza tal e qual ela é; viveremos num arremedo de planeta como covers de seres humanos de fato. Se continuarmos de olhos fechados e ouvidos moucos aos lamentos de todos os tipos de vida que dividem conosco o planeta; se permanecermos entretidos no videogame da tecnologia e dos interesses de consumir os recursos planetários; aguardemos dias de trovão. Nosso lado criança passa a assumir um papel dos mais importantes na vida contemporânea, a continuidade da nossa vida corpórea aqui; não aceitará desculpas nem justificativas, mudar é muito fácil; basta abrir as portas do coração e liberar nossos mais puros sentimentos. Prá começar; que tal deixar de usar o santo nome de Deus em vão; e voltar a chamá-lo carinhosamente: Papai do Céu?

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