terça-feira, 31 de agosto de 2010

Aumenta os focos de incêndio no Brasil

INPE registra 12 mil focos de incêndio em todo o país.
Aves fogem dos incêndios que persistem em áreas próximas a Brasília. Os focos estão espalhados por 18 estados e no Distrito Federal. O Pará é o estado mais atingido, com mais de 5 mil focos. A situação é mais grave na Reserva Indígena Xikrin do Cateté, região sobrevoada pelos bombeiros desde sábado Pará registra mais de 5 mil focos de incêndio; no Tocantins, fogo atinge áreas urbanas – Pouco mais de 12 mil focos de incêndio foram registrados ontem (16) em todo o país, segundo relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os focos estão espalhados por 18 estados e pelo Distrito Federal. A maioria (5.046) concentra-se no Pará. Segundo o coordenador de Operações do Corpo de Bombeiros do Pará, coronel Mario Wanzeler, as queimadas já estão sob controle e monitoramento em todo o estado. O local onde a situação é mais grave é a Reserva Indígena Xikrin do Cateté, região que é sobrevoada pelos bombeiros. “É uma área de difícil acesso. Para se ter uma ideia, da sede da Funai [Fundação Nacional do Índio] para lá são quatro dias de caminhada. Por isso só soubemos do incêndio no dia 09/08/2010 e ainda não sabemos a extensão da área atingida”, disse o coronel Wanzeler. Ainda de acordo com ele, os demais focos de incêndio se concentram no sul do Pará em áreas de fazendas ou assentamentos e próximas a rodovias. “A pavimentação emana muito calor e a vegetação é sensível. Isso, somado à ação humana, cria os incêndios”, explicou. Segundo ele, até uma lata de plástico ou alumínio jogada por um motorista pode esquentar e dar início a um incêndio. No Tocantins, onde foram registrados 1.750 focos, a situação preocupa os bombeiros pois o fogo chegou às áreas urbanas e novos registros têm surgido todos os dias. Nas proximidades de Palmas, os bombeiros trabalham há uma semana na Serra do Carmo. Hoje um grupo foi enviado ao distrito de Taquaraçu, a 20 quilômetros da capital, para combater o fogo. Segundo o major Geraldo Primo, o trabalho na serra é complicado porque as condições são propícias para o fogo e surgem novos focos todos os dias. “Na parte alta, o capim tem mais de 1 metro de altura e com muito vento as labaredas podem chegar a 4 metros. Mesmo na parte baixa, o acesso é dificultado pela vegetação fechada. Em 12 horas por dia de trabalho, gastamos seis horas só com a locomoção da equipe”, contou.Apesar de atingir áreas urbanas da capital tocantinense, o fogo não fez nenhuma vítima na cidade. Uma chácara foi incendiada, mas não havia ninguém na propriedade. O major recomenda que nesta época de estiagem haja sempre alguém em casa para avisar os bombeiros no caso de o fogo se aproximar. Ele também faz um apelo à população: “É preciso denunciar quem está colocando fogo em entulhos e pastagens. Se a sociedade não ajudar, podemos colocar mil homens no combate que o fogo não vai ser contido”, afirmou. (EcoDebate)

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