A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apoiará um abaixo-assinado contra alguns pontos do novo Código Florestal, em tramitação no Senado. A CNBB condena a flexibilização da lei que altera as regras das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e critica a anistia das multas por ocupações e desmatamentos em áreas de agropecuária e alta relevância ambiental.
Em entrevista, o secretário-geral da CNBB, d. Leonardo Steiner, disse que a Igreja 'vai incentivar os fiéis nas dioceses a participar desse movimento de assinatura do documento', a exemplo do fez ao buscar 1 milhão de assinaturas pela Lei da Ficha Limpa. Segundo ele, uma comissão da CNBB acompanhará o debate no Senado. Esse acompanhamento não foi feito na Câmara porque, segundo Steiner, a CNBB não esperava que os deputados fossem deixar passar o texto com esses itens.
Sobre a prorrogação, feita pela presidente Dilma Rousseff, do decreto que anistia produtores rurais que não registraram a reserva legal em seus imóveis, Steiner disse: 'Prorrogar não é problema. O problema é anistiar.'
Em nota, a CNBB afirma que as decisões sobre o Código 'não podem ser motivadas por uma lógica produtivista que não leva em consideração a proteção da natureza' e da vida humana. (OESP)
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