terça-feira, 13 de setembro de 2011

Florestas artificiais e a adaptação ambiental

Criação de florestas artificiais que absorvam dióxido de carbono (CO2) é uma possibilidade de adaptação ambiental.
De acordo com o estudo, as árvores artificiais têm a capacidade de absorver cerca de mil vezes mais CO2 que as árvores comuns. www.imeche.org
O Instituto de Engenheiros Mecânicos do Reino Unido divulgou esta semana as primeiras imagens nas quais se pode ver qual o possível aspeto das florestas artificiais. Este é um projeto desenvolvido pelo instituto para reduzir o impacto ambiental através da utilização da geo-engenharia.
As florestas compostas por árvores artificiais, que absorvem o dióxido de carbono (CO2), são apenas uma das propostas do programa “Arrefecer o Planeta”, desenvolvido pelo Instituto de Engenheiros Mecânicos.
Edifícios refletores para reduzir a radiação solar absorvida pelo planeta são outra das propostas do programa, assim como edifícios revestidos por algas, organismos que transformam CO2 em oxigénio através do processo de fotossíntese. As algas seriam recolhidas periodicamente e transformadas em biocombustíveis.
Como funcionam as árvores artificiais?
Comparativamente com as árvores comuns, as árvores artificiais têm a capacidade de absorver cerca de mil vezes mais CO2 da atmosfera, refere o relatório publicado pelo instituto.
Klaus Lackner, professor na Universidade da Columbia e responsável pelo estudo, estima que uma árvore com a dimensão de um contentor marítimo, a funcionar 24h por dia, possa capturar cerca de uma tonelada de CO2 por dia.
O CO2 seria capturado através de um filtro e posteriormente removido através de vapor de água, sendo então armazenado pelo processo convencional de armazenamento de carbono, refere o relatório.
Cada árvore custará 20 mil dólares (cerca de 14 mil euros).
Programa “Arrefecer o Planeta” aposta na adaptação
O objetivo do Instituto de Engenheiros Mecânicos do Reino Unido passa essencialmente por adaptar o planeta, através da geo-engenharia, às mudanças climatéricas provocadas pela emissão de gases para a atmosfera e pelo aquecimento global.
“Duas décadas de tentativas falhadas para diminuir os impactos ambientais deveriam ser uma chamada de atenção” refere o relatório do estudo, onde se acrescenta que os governos estão ainda muito focados em reduzir as emissões de CO2, quando deveriam estar já a pensar em soluções de adaptação ambiental.
O programa “Arrefecer o Planeta”, proposto pelo instituto, centra-se assim na questão da adaptação às mudanças que já ocorreram e na prevenção de mudanças futuras, através de medidas como a implementação das florestas artificiais para a absorção de CO2 da atmosfera.
Florestas artificiais: uma possibilidade de adaptação ambiental – Criação de florestas artificiais que absorvam dióxido de carbono é uma possibilidade que pode estar cada vez mais próxima. (EcoDebate)

Nenhum comentário:

Como a fumaça de incêndios florestais afeta a saúde humana

Dentre os sintomas de doenças e doenças observados relatam infecções do sistema respiratório superior, asma, conjuntivite, bronquite, irrita...