Cientistas climáticos
alertam que o planeta poderá aquecer mais de 3,5 graus Celsius
Aquecimento pode ultrapassar 3,5ºC, afirmam
cientistas.
Cientistas climáticos alertaram em 24/05/12 que o
planeta poderá aquecer mais de 3,5 graus Celsius, aumentando o risco de seca,
cheias e de elevação do nível dos mares.
A meta da ONU é
limitar o aquecimento a 2ºC com base nos níveis pré-industriais para restringir
as mudanças climáticas a algo manejável.
Em um relatório
divulgado no penúltimo dia das novas negociações climáticas da ONU em Bonn, na
Alemanha, cientistas afirmaram que a elevação da temperatura média global poderia
exceder perigosamente os 3,5ºC estabelecidos apenas seis meses atrás.
Marion Vieweg,
pesquisadora de políticas da empresa alemã Climate Analytics, disse à AFP que a
estimativa de 3,5ºC se baseou na suposição de que todos os países cumprirão
seus objetivos, eles próprios inadequados, para reduzir as emissões de gases
causadores de efeito estufa.
Novas pesquisas
demonstraram que esta não é “uma suposição realista”, afirmou, acrescentando
que atualmente “não podemos quantificar ainda quanto acima” de 3,5º C a Terra
esquentará.
A ferramenta de
monitoração é chamada Rastreador de Ação Climática Climate Action (CAT, na
sigla em inglês), um projeto conjunto de Climate Analytics, of Ecofys e
Instituto Postdam de Pesquisa de Impacto Climático, na Alemanha.
Seu colega, Bill
Hare, afirmou que o abismo entre as intervenções prometidas pelos países e a
realidade estava “ficando maior”.
As projeções são para
um excesso de emissões de gases estufa entre 9 e 11 bilhões de toneladas ao ano
acima do teto atual, de 44 bilhões de toneladas, necessário até 2020 para se
cumprir a meta de 2ºC.
Até o momento, o
mundo emite cerca de 48 bilhões de toneladas destes gases, que incluem dióxido
de carbono e metano.
Os Estados Unidos
respondem por 6 bilhões de toneladas, a China por 7 e a União Europeia (UE),
por 5, destacou a CAT.
As 195 partes da
Convenção-quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês)
reúnem-se na antiga capital da Alemanha Ocidental pela primeira vez desde que
concordaram em desenhar um novo pacto global, durante a cúpula de Durban, na
África do Sul, em dezembro passado.
O acordo seria
concluído em 2015 para entrar em vigor em 2020. (EcoDebate)
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