País divulga redução de desmate e cobra desenvolvidos
O
anúncio da redução de 27% da taxa de desmatamento deve ser usado pelo País nas
negociações do clima para pedir mais ambição dos países desenvolvidos em seus
esforços de redução das emissões de gases de efeito estufa.
Chefe
da negociação brasileira na Conferência do Clima das Nações Unidas, André
Corrêa do Lago, que chegou a ser aplaudido quando fez o anúncio em plenária,
disse à imprensa que essa é uma indicação forte de como os países em
desenvolvimento estão cumprindo seus compromissos. "Estamos falando da
redução da maior fonte de emissões que o Brasil tinha. O desmatamento respondia
por mais de 60% das nossas emissões", declarou.
Lago
disse ainda que essa é "uma demonstração de que os países em desenvolvimento
estão fazendo tudo o que disseram que iam fazer nesta convenção. E os
desenvolvidos não estão entregando o que concordaram em fazer".
Com
essa redução, o Brasil se aproxima da meta voluntária acordada em 2009, na COP
do Clima de Copenhague, de chegar a 2020 com uma taxa de desmatamento de 3.907
km - 80% menor do que poderia estar se a taxa média de desmatamento verificada
entre 1996 e 2005 continuasse crescendo no ritmo anterior.
"A
redução de desmatamento é um processo de longo prazo. Ter reduzido agora não
significa que ainda não seja necessário um esforço para continuar nesse ritmo e
ter certeza de que ele será mantido", completou Lago. (OESP)
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