97,6% da água do planeta é constituída pelos oceanos, mares
e lagos de água salgada. A água doce, representada pelos 2,4% restante, tem sua
maior parte situada nas calotas polares e geleiras (1,9%), inacessível aos
homens pelos meios tecnológicos atuais. Da parcela restante (0,5%), mais de 95%
é constituída pelas águas subterrâneas.
Aproximadamente 3/4 da superfície da Terra é coberta por
água. A água é uma substância essencial para manutenção dos seres vivos, a água
é reconhecida pela ciência como o ambiente em que surgiu a própria vida. Por
esse motivo, sua ocorrência é considerada uma das condições básicas para
admissão da existência de vida, como a conhecemos em outros planetas.
A existência da água nos estados sólido, líquido e gasoso na
Terra, envolve o gigantesco fenômeno denominado Ciclo Hidrológico, a contínua
circulação entre os oceanos, a atmosfera e os continentes, responsáveis pela
renovação da água doce, há pelo menos 3,8 bilhões de anos. Entretanto, 97,6% da
água do planeta é constituída pelos oceanos, mares e lagos de água salgada. A
água doce, representada pelos 2,4% restante, tem sua maior parte situada nas
calotas polares e geleiras (1,9%), inacessível aos homens pelos meios
tecnológicos atuais. Da parcela restante (0,5%), mais de 95% é constituída
pelas águas subterrâneas.
A água também é um veículo para os mais diversos tipos de
doenças, quando poluída ou contaminada. Estudo recente do BNDES sobre
saneamento no Brasil indicou que 51% da população urbana (aproximadamente 63
milhões de pessoas) não é atendida por rede de água dos sistemas de
abastecimento e que cerca de 45% das águas tratadas distribuídas são
desperdiçadas. A pesquisa constatou ainda a alarmante realidade de que 90% dos
esgotos são lançados in natura nos solos e rios, sem qualquer tratamento.
Mundialmente, os números são ainda mais assustadores. Estima-se que 1,2 bilhão
de pessoas no mundo carecem de água potável e que 1,9 bilhão não dispõe de
adequados serviços de saneamento. A falta de água potável e de saneamento
básico provoca a morte de cerca de 4 milhões de crianças anualmente, vitimadas
por doenças de veiculação hídrica como a cólera, a diarreia, etc.
Devido à degradação de sua qualidade, que acentuou a partir
da II Guerra Mundial, a água doce líquida que circula em muitas regiões do
mundo já perdeu sua característica especial de recurso renovável, em particular
nos países ditos do Terceiro Mundo, na medida em que os efluentes e/ou os
resíduos domésticos e industriais são dispostos no ambiente sem tratamento ou
de forma inadequada.
Além dos desequilíbrios da oferta de água às populações, a
questão da disponibilidade e dos conflitos pelo seu uso também apresentam seus
aspectos preocupantes. Assim é que alguns países apresentam escassez hídrica
absoluta, tais como Kuwwait, Egito, Arábia Saudita, Barbados, Singapura e Cabo
Verde; outros como Burundi, Argélia e Bélgica padecem de seca crônica; em
regiões como o semiárido nordestino há o alerta de escassez e em vários locais
afloram conflitos decorrentes de desequilíbrios entre demanda e
disponibilidade, tais como Madrid e Lisboa pelo Rio Tejo, Síria e Israel pelo
Rio Golã, Síria e Turquia, pelo Rio Eufrates, Iraque e Turquia pelo Rio
Eufrates, Tailândia e Laos pelo Rio Menkong, Barcelona e Alicante pelo Rio
Ebro, entre outros.
Diante desse cenário turbulento, a água subterrânea vem
assumindo uma importância cada vez mais relevante como fonte de abastecimento
devido a uma série de fatores que restringem a utilização das águas
superficiais, bem como ao crescente aumento dos custos da sua captação, adução
e tratamento, a água subterrânea está sendo reconhecida como alternativa viável
aos usuários e tem apresentado uso crescente nos últimos anos, obtidas através
de poços bem locados e construídos. Além dos problemas e facilidade de
contaminação inerentes às águas superficiais, o maior interesse pelo uso da
água subterrânea vem sendo despertado, pela maior oferta deste recurso e em
decorrência do desenvolvimento tecnológico, o que promoveu uma melhoria na
produtividade dos poços e um aumento de sua vida útil. (ambientes.ambientebrasil)
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