Emissão de gases estufa em países industrializados cai em
2011
Emissões caíram 0,7% em 2011 graças à adoção de novas fontes
energéticas nos EUA e à desaceleração econômica na Europa.
Foto de pássaro
diante da poluição de uma chaminé de fábrica: emissões combinadas dos 42 países
ricos caíram de 17,2 bilhões de toneladas em 2010 para 17,1 bilhões em 2011.
As emissões de gases
do efeito estufa por nações industrializadas caíram 0,7% em 2011, graças à
adoção de novas fontes energéticas nos EUA e à desaceleração econômica na
Europa, segundo dados compilados pela Reuters e apresentados em 26/04/13.
Há anos especialistas
repetem que os países ricos, historicamente os maiores poluidores, deveriam
fazer os maiores cortes nas emissões, enquanto as economias emergentes poderiam
queimar mais energia para saírem da pobreza.
Mas cifras baseadas
em dados fornecidos por 42 nações industrializadas neste mês, usadas para
avaliar a adesão a tratados da ONU, mostram que o crescimento mundial das
emissões continua sendo puxado pela China e por outras economias emergentes.
As emissões
combinadas dos 42 países ricos caíram de 17,2 bilhões de toneladas em 2010 para
17,1 bilhões em 2011. Isso é 6,4% a menos do que os níveis de 1990, ano-base
para a avaliação dos avanços no combate ao aquecimento global.
“Para os Estados
Unidos, trata-se principalmente de uma mudança do carvão para o gás nas usinas
elétricas”, disse Steffen Kallbekken, diretor de pesquisas do Centro para
Pesquisas Internacionais Climáticas e Ambientais, em Oslo.
"Para os
Estados Unidos, trata-se principalmente de uma mudança do carvão para o gás nas
usinas elétricas", disse Steffen Kallbekken, diretor de pesquisas do
Centro para Pesquisas Internacionais Climáticas e Ambientais, em Oslo.
“Quanto à Europa, é primariamente
a atividade econômica fraca”, afirmou.
As nações
industrializadas estão tentando reduzir as emissões, principalmente oriundas da
queima de combustíveis fósseis, para conter a elevação de temperaturas e evitar
efeitos catastróficos como ondas de calor, inundações, secas e elevação do
nível dos mares.
Representantes de
governos do mundo todo se reúnem na semana que vem em Bonn, na Alemanha, para
uma nova rodada de negociações a respeito de um acordo para o clima a ser
definido em 2015, para entrar em vigor em 2020.
A última tentativa de
acordo, feita em uma conferência de 2009 em Copenhague, fracassou.
Nos EUA, as emissões
em 2011 ficaram em 6,67 bilhões de toneladas, o que é 7% abaixo dos níveis de
2005. A meta do presidente Barack Obama é reduzir as emissões, até 2020, para
17% abaixo dos níveis de 2005, mas ele enfrenta resistências parlamentares a
esse plano.
Na União Europeia as
emissões em 2011 ficaram 18,5% abaixo dos níveis de 1990, aparentemente no
caminho para a meta de redução de 20% até 2020.
Por outro lado, a
elevação inesperadamente rápida das emissões nos últimos anos na China e em
outras nações emergentes, como Índia e Brasil, está sendo decisiva para a
elevação global das emissões, e complicando as negociações entre 200 países
para definir um novo acordo climático da ONU. (EcoDebate)
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