Com apenas 1% de lixo recolhido em coleta seletiva, o
município do Rio quer selecionar 25% até 2016
Rio quer selecionar
25% do lixo até 2016
Com apenas 1% de lixo
recolhido em coleta seletiva em 2012, o município do Rio quer aumentar esse
percentual para 25% até 2016 e começará neste ano a pôr em prática as medidas
que buscarão esse objetivo. Em cerca de três meses, a Central de Triagem de
Irajá será inaugurada, dando início ao projeto orçado em R$ 50 milhões,
anunciado em 2011. O projeto recebeu investimentos de R$ 22 milhões, do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e de R$ 28 milhões da
Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).
“Ela vai atender aos
bairros de Irajá, Marechal Hermes e Deodoro”, adiantou o coordenador de
Projetos de Coleta Seletiva da Comlurb, Jorge Otero. Segundo ele, nove
caminhões de lixo vão circular nos bairros a partir da inauguração e apenas
mulheres trabalharão na coleta seletiva.
As garis passaram por
uma capacitação de 15 dias e serão responsáveis também por advertir as
residências que não aderirem ao novo modo de coleta. “Na primeira vez, os
moradores serão avisados. Na segunda, advertidos. Se houver terceira, haverá
multa”, explica Otero. Ele diz que o valor da punição ainda não está definido.
As garis do projeto
foram selecionadas no banco de classificados do último concurso e vão iniciar o
trabalho no novo modelo. Um detalhe diferente na coleta seletiva será o
uniforme: em vez do tradicional laranja, elas vestirão camisas verdes.
A Central de Triagem
de Irajá será a primeira das seis que funcionarão na cidade. Ainda neste ano,
deve ser inaugurada a da Central do Brasil, no bairro da Gamboa, que atenderá
ao centro e à zona sul. Na zona norte, haverá uma central na Penha, e mais três
serão construídas na zona oeste: em Bangu, Campo Grande e Vargem Grande.
Para a coleta, não
será necessário separar os diferentes tipos de material reciclável. As garis
recolherão o “lixo molhado” e o “seco” em dias alternados. O lixo molhado
inclui os materiais orgânicos e os papéis de banheiro e cozinha, já o seco é
todo material reciclável: papel, plástico, metal, vidro, isopor e outros.
Na central de Irajá,
200 catadores de cooperativas trabalharão sem precisar de atravessadores para
vender o que selecionarem, e outros 300 devem ser empregados pela unidade
Central do Brasil. O lançamento oficial do projeto deve ocorrer ainda neste
mês.
De acordo com Otero,
a coleta seletiva é realizada atualmente em 44 bairros da cidade, mas sem
atingi-los em sua totalidade. O coordenador da Comlurb assegura que, ainda
neste ano, esses locais terão a coleta seletiva em todas as ruas e casas.
(EcoDebate)
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