Acalmem-se: a Terra não
será devastada pela superpopulação humana, afirmam pesquisadores.
O estudo produziu um
resultado similar ao melhor caso previsto pela ONU - linha inferior - quando a
população mundial deverá diminuir em mais de meio bilhão de pessoas neste
século.
Superpopulação humana
Terra não será
devastada pela superpopulação humana.
É o que garantem
Félix Muñoz e seus colegas da Universidade Autônoma de Madri (Espanha).
A equipe de Muñoz
desenvolveu um modelo do crescimento da população global que concluiu a
população mundial deverá se estabilizar por volta do ano 2050.
E a estabilização
deverá se dar em um número menor do que a população atual da Terra, ao redor
dos 6 bilhões de pessoas - segundo as estimativas da ONU, a Terra possui hoje
cerca de 7 bilhões de habitantes.
Segundo os modelos da
própria ONU, em 2100 a Terra poderá ter entre 15,8 bilhões e 6,2 bilhões de
habitantes, dependendo do nível de fertilidade da população - alta fertilidade
na primeira projeção e baixa fertilidade na segunda.
Gaia
A equipe considerou a
Terra como um sistema fechado e finito, onde a migração de pessoas dentro do
sistema não tem impacto e onde vale o princípio fundamental da conservação de
massa - biomassa, neste caso - e energia.
"Este é um
modelo que descreve a evolução de um sistema de dois níveis em que há uma
probabilidade de passar de um nível para o outro," diz Muñoz.
Nesse princípio, as
variáveis que impõem os limites superior e inferior da população são as taxas de
nascimento e de mortalidade.
Os dados têm mostrado
um aumento na expectativa de vida da população, o que aponta para um maior
número de habitantes.
Por outro lado, as
taxas de fertilidade têm caído sistematicamente ao longo das últimas décadas.
O estudo produziu
como resultado uma curva em formato de S deitado, com um ponto de inflexão nos
anos 1980, quando a velocidade de crescimento populacional começa a declinar
até se estabilizar, por volta de 2050.
Mas pode ser que o
declínio seja maior do que o modelo prevê.
"Este trabalho é
outro aspecto a ser levado em consideração no debate, embora não tenhamos
lidado com as consequências significativas - econômicas, demográficas e
políticas - que a estabilização e o envelhecimento da população mundial poderia
acarretar," concluem os pesquisadores. (unisite)
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