Estudo revela que 24 milhões de toneladas de lixo (37,5%)
tiveram destino inadequado em 2012
Em 2012, foram
enviados para destinos inadequados 24 milhões de toneladas de lixo (37,5%),
segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e
Resíduos Especiais (Abrelpe), divulgado ontem (28). A pesquisa aponta ainda
que, dos 64 milhões de toneladas de resíduos gerados ao longo do ano passado,
6,2 milhões não foram sequer coletados.
O percentual de
coleta apresentou, entretanto, um aumento de 1,9% em comparação a 2011,
totalizando 55 milhões de toneladas em 2012. “Percebemos, nesses dez anos de
estudo, que o índice de coleta tem crescido paulatinamente, indicando que a
universalização desses serviços é um caminho possível”, avaliou o diretor
executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho.
O Nordeste é a região
com maior percentual de resíduos levados para destinações inadequadas, como
lixões. De acordo com o estudo, 65% do lixo gerado na região, um total de 25,8
mil toneladas por dia, não tiveram destinação final adequada. Apenas 77% dos
resíduos produzidos no Nordeste são coletados, sendo que a região responde por
26% (51,6 mil toneladas diárias) do lixo gerado no país.
A melhor cobertura de
coleta foi verificada no Sudeste (96,8%), a região que melhor destina os
resíduos, com 72% do lixo (pouco mais de 70 mil toneladas diárias) enviados
para aterros sanitários. Apesar disso, 51% das cidades da região, o equivalente
a 854 municípios, não tratam adequadamente os seus resíduos.
Para o diretor da
Abrelpe, faltam os investimentos necessários para avançar na coleta e
destinação correta dos resíduos sólidos. “As mudanças demandadas pela PNRS
[Política Nacional de Resíduos Sólidos] requerem investimentos concretos e
perenidade”, ressaltou. O problema, segundo Silva Filho, é que muitas cidades
não têm condições de aportar esses recursos. “A maioria desses municípios tem
menos de 10 mil habitantes e não dispõe de condições técnicas e financeiras
para solucionar a questão dos resíduos sólidos de maneira isolada”, completou.
(EcoDebate)
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