Longo resfriamento global terminou no século 19, diz estudo
A tendência de resfriamento global de longo prazo terminou
no final do século 19 e foi seguida décadas mais tarde pelas temperaturas mais
quentes em quase 1.400 anos, revelou um estudo abrangente sobre as mudanças
climáticas.
"O aquecimento global que ocorreu desde o final do
século 19 inverteu a tendência persistente de longo prazo de resfriamento
global", disse a Fundação Nacional de Ciência dos EUA, um dos
patrocinadores do estudo.
Os pesquisadores descobriram que vários fatores, incluindo variações na
quantidade e distribuição do calor do sol e o aumento da atividade vulcânica,
influenciaram na mudança geral dos padrões de temperatura. A pesquisa foi
publicada online no domingo pela revista Nature Geoscience.
O estudo, realizado por 78 autores de 24 países, afirma que os 2.000
anos de dados tornaram mais difícil descontar o impacto dos gases de efeito
estufa devido à atividade humana sobre as temperaturas mais elevadas.
A Fundação Nacional de Ciência dos EUA e a Fundação Nacional de Ciência
da Suíça apoiaram conjuntamente o estudo. A instituição norte-americana chamou
o estudo de avaliação mais abrangente da mudança de temperatura nos continentes
da Terra nos últimos 1.000 a 2.000 anos.
O estudo baseou-se essencialmente na análise dos anéis de crescimento de
árvores, pólen, esqueletos de coral que registram as temperaturas da superfície
do mar, amostras de gelo polar e geleiras, e sedimentos do lagos, disse a
Fundação Nacional de Ciência.
O século 20 foi classificado como o mais quente, ou quase o século mais
quente, em todos os continentes, exceto na Antártida. A África não teve dados
suficientes para serem incluídos na análise.
Um resumo do estudo publicado no site da Nature Geoscience diz que
simulações das temperaturas mostraram condições geralmente frias entre 1580 e
1880. A tendência foi interrompida em algumas áreas por décadas quentes no
século 18.
De 1971 a 2000, a temperatura média ponderada foi maior do que em
qualquer outro momento em cerca de 1.400 anos, diz o estudo. (reuters)
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