Rendimento médio da população brasileira segundo grupos de
idade, cor e raça em 2010
As rendas das pessoas
variam conforme a idade, o grau de escolaridade, o local do domicílio, a
cor/raça, o sexo, etc. O censo demográfico de 2010, do IBGE, é a pesquisa mais
ampla sobre as características sóciodemográficas da população brasileira e
fornece inúmeras informações valiosas.
O salário mínimo estava
fixado em R$ 510,00 (quinhentos e dez reais) em 2010. O rendimento médio da
população brasileira foi de R$ 1.344,70, segundo o censo 2010. Portanto, cada
pessoa ocupada ganhava em média 2,6 salários mínimos. Mas este valor médio
varia muito segundo a idade e a cor/raça.
Como regra geral, os
rendimentos crescem com a idade. Desta forma, podemos notar que as pessoas
ocupadas de 10 a 14 anos, em 2010, tinham o menor rendimento, de apenas R$
345,50. Em seguida vinham as pessoas de 15-19 anos com praticamente um salário
mínimo de rendimento (R$ 511,46), depois as pessoas de 20-24 anos com 782,03
até as pessoas com 60 anos e mais que tinham rendimento médio de cerca de R$
1.900,00 (pouco menos de 4 salários mínimos).
Em termos de
raça/cor, as pessoas que se autodeclaram amarelas tinham, em 2010, um
rendimento médio de R$ 1.850,09, variando de R$ 327,21 entre o grupo etário de
10-14 anos até R$ 3.353,84 no grupo 60-69 anos. As pessoas que se autodeclaram
brancas tinham um rendimento médio de R$ 1.705,84, variando de R$ 428,73 no
grupo 10-14 anos a R$ 2.475 entre as pessoas com mais de 70 anos. As pessoas
que se autodeclaram pardas tinham, em 2010, um rendimento médio de R$ 954,87,
variando de R$ 306,07 no grupo 10-14 anos a R$ 1.199,84 no grupo 55-59 anos. As
pessoas que se autodeclaram pretas tinham um rendimento médio de R$ 923,26,
variando de R$ 305,99 no grupo 10-14 anos a R$ 1.129,98 no grupo 50-54 anos. As
pessoas que se autodeclaram indígenas tinham um rendimento médio de R$ 860,97,
variando de R$ 294,58 no grupo 10-14 anos a R$ 1.144,05 no grupo 50-54 anos.
Nota-se, portanto,
que a população amarela (especialmente descendentes de japoneses) possuem os
maiores rendimentos, enquanto a população indígena possui os menores ganhos de
renda. A população negra (preta + parda) tinha rendimento pouco acima da metade
do rendimento da população branca.
Estas diferenças de
rendimento refletem outras diferenças sociais em termos de educação, saúde,
local de residência, posição na ocupação, etc. O Brasil é classificado como um
dos país com maiores desigualdes de renda do mundo. Para superar esta mazela
econômica é preciso enfrentar as causas sociais da desigualdade e garantir a
igualdade de oportunidade para que o rendimento reflita o esforço das pessoas e
não a segregação e a discriminação contra alguns grupos étnicos. (EcoDebate)
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