Represa Jaguari, que integra o sistema da Cantareira,
principal fornecedor de água de São Paulo, registra baixos níveis de
armazenamento de água.
Com pouco registro de chuvas, os reservatórios de hidrelétricas das
regiões Sudeste e Centro-Oeste terminaram o mês de janeiro com 40,57% de
capacidade de armazenamento de água, segundo a ONS (Operador Nacional do
Sistema Elétrico). O nível é o menor entre as regiões do país.
O índice é o segundo menor registrado no mês de janeiro nos últimos dez
anos. Em janeiro do ano passado, os reservatórios das duas regiões, que são
consideradas uma mesma bacia, alcançaram 37,46% da capacidade, o mais baixo do
mês durante a década.
Atualmente, o reservatório em situação mais critica é o São Simão
(18.45%), no limite entre as cidades de São Simão (GO) e Santa Vitória
(MG), na bacia do rio Paranaíba, seguido pelos Itumbiara (30.02%), entre os
municípios de Itumbiara (GO) e Araporã (MG), na mesma bacia, e Marimbondo
(30.24%), entre Icém (SP) e Fronteira (MG), na bacia do rio Grande.
Na região Nordeste, o nível dos reservatórios de água está em 42,53% da
capacidade de armazenamento. O reservatório de Três Marias, na bacia do Rio São
Francisco, está em pior situação, com 27,71% da capacidade.
Pouca chuva
O mês de janeiro de 1014 foi o terceiro pior da história em nível de
chuvas. Segundo o ONS, é a terceira menor média histórica em 84 anos, sendo que
as duas outras menores ocorreram em 1953 e em 1954.
O ONS prevê que a massa de
ar seco, que impede o avanço de frentes frias do Sul para o Sudeste,
Centro-Oeste e Nordeste, continuará bloqueando esses fenômenos climáticos na
primeira semana de fevereiro. Com isso, o órgão não prevê chuvas relevantes nas
principais bacias hidrográficas do país na próxima semana.
Termelétricas
Com o forte calor que
aumentou o consumo de energia e as chuvas escassas provocando a redução dos
níveis dos reservatórios, o preço da energia vendida a curto prazo disparou até
o limite previsto pelo governo.
Diante disso, o ONS decidiu
acionar as termelétricas movidas a óleo, mais caras. O custo adicional dessa
energia não será sentido imediatamente na conta dos consumidores. A diferença é
repassada apenas uma vez por ano, quando a Aneel autoriza o reajuste das
tarifas de cada uma das empresas. (uol)
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