quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste estão com 40% da capacidade

Represa Jaguari, que integra o sistema da Cantareira, principal fornecedor de água de São Paulo, registra baixos níveis de armazenamento de água.
Com pouco registro de chuvas, os reservatórios de hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste terminaram o mês de janeiro com 40,57% de capacidade de armazenamento de água, segundo a ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). O nível é o menor entre as regiões do país.
O índice é o segundo menor registrado no mês de janeiro nos últimos dez anos. Em janeiro do ano passado, os reservatórios das duas regiões, que são consideradas uma mesma bacia, alcançaram 37,46% da capacidade, o mais baixo do mês durante a década.
Atualmente, o reservatório em situação mais critica é o São Simão (18.45%), no limite entre as cidades de São Simão (GO) e Santa Vitória (MG), na bacia do rio Paranaíba, seguido pelos Itumbiara (30.02%), entre os municípios de Itumbiara (GO) e Araporã (MG), na mesma bacia, e Marimbondo (30.24%), entre Icém (SP) e Fronteira (MG), na bacia do rio Grande.
Na região Nordeste, o nível dos reservatórios de água está em 42,53% da capacidade de armazenamento. O reservatório de Três Marias, na bacia do Rio São Francisco, está em pior situação, com 27,71% da capacidade.
Pouca chuva
O mês de janeiro de 1014 foi o terceiro pior da história em nível de chuvas. Segundo o ONS, é a terceira menor média histórica em 84 anos, sendo que as duas outras menores ocorreram em 1953 e em 1954.
O ONS prevê que a massa de ar seco, que impede o avanço de frentes frias do Sul para o Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, continuará bloqueando esses fenômenos climáticos na primeira semana de fevereiro. Com isso, o órgão não prevê chuvas relevantes nas principais bacias hidrográficas do país na próxima semana.
Termelétricas
Com o forte calor que aumentou o consumo de energia e as chuvas escassas provocando a redução dos níveis dos reservatórios, o preço da energia vendida a curto prazo disparou até o limite previsto pelo governo.
Diante disso, o ONS decidiu acionar as termelétricas movidas a óleo, mais caras. O custo adicional dessa energia não será sentido imediatamente na conta dos consumidores. A diferença é repassada apenas uma vez por ano, quando a Aneel autoriza o reajuste das tarifas de cada uma das empresas. (uol)

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