Água do ‘volume morto’ começa a ser captada e chega às
torneiras domingo
Abastecimento. O uso do fundo das reservas foi a saída encontrada pelo
governo Alckmin para evitar o racionamento generalizado na Grande São Paulo, ao
custo de R$ 80 milhões em obras; Sabesp e Cetesb atestam a boa qualidade da
água para o consumo.
O governador
Geraldo Alckmin (PSDB) aciona em 15/05/14 às 10h, o conjunto de bombas que darão
início à captação de água do "volume morto" do Sistema Cantareira.
Nunca utilizada antes pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo (Sabesp), a água da reserva profunda do principal manancial paulista já
pode chegar na torneira de mais de 8 milhões de habitantes da Grande São Paulo
a partir de 18/05/14.
Bombas flutuantes levarão água até comporta
Segundo estimativa
feita por dois consultores em engenharia hidráulica, o trajeto de 120
quilômetros da Represa Jacareí, em Joanópolis, até o término do tratamento na
Estação Guaraú, na zona norte da capital, deve levar cerca de 72 horas. No
percurso, os 105 bilhões de litros que serão retirados do "volume morto"
dos reservatórios Jaguari-Jacareí vão misturar-se com o "volume útil"
das outras três barragens do Cantareira que são interligadas por túneis:
Cachoeira, em Atibaia; Atibainha, em Nazaré Paulista; e Paiva Castro, em
Mairiporã.
"Ao longo do
trajeto, novos afluentes vão sendo incrementados. Sem considerar as novas
contribuições, essa água levaria cerca de 66 horas até Guaraú, percorrendo o
trajeto a uma velocidade de meio metro por segundo", estima o engenheiro
Roberto Massaru Watanabe, que trabalhou no projeto de construção do Cantareira,
em 1974. Na estação, a água leva cerca de 8 horas para ser tratada. Dali é
distribuída com pressurização para a rede.
Captação de água do
volume morto
Último
dia de obra da Sabesp na represa Jacareí, em Joanópolis, para a retirada de
água do volume morto do Sistema Cantareira, prevista para começar em 15/05/14.
Agosto
O uso
do "volume morto" foi a saída encontrada pelo governo Alckmin para
evitar o racionamento de água generalizado na Grande São Paulo. O custo das
obras é de R$ 80 milhões. Ao todo, serão 183 bilhões de litros represados
abaixo das comportas da Sabesp. A reserva das Represas Jaguari-Jacareí, que
estavam ontem com apenas 1,8% da capacidade, deve durar até o fim de agosto.
Outros
78 bilhões de litros serão retirados das profundezas do reservatório Atibainha.
Segundo a projeção inicial da companhia, a reserva garantiria o abastecimento
até 27 de novembro. Agora, o governo diz que durará até março. "Até o
início das próximas chuvas, a previsão é captar 180 milhões de metros
cúbicos", disse Alckmin.
Além
do impacto na fauna e na flora do manancial, o uso do "volume morto"
é questionado por ambientalistas e promotores por possível risco à saúde. A
Sabesp e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) atestam a
qualidade da água. Cerca de 76% dessa reserva já abastece a região de Campinas
- por meio de comportas que ficam abaixo do nível dos túneis da Sabesp. (OESP)
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