sábado, 3 de maio de 2014

‘Socorro’ com água do Guarapiranga será dobrado

Alckmin anunciou em 02/05/14 o início dos projetos para construção de mais dois reservatórios na Bacia dos Rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari.
No mesmo dia em que o Sistema Cantareira registrou mais uma baixa histórica, com 10,4% da capacidade, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que vai dobrar, a partir de outubro, a quantidade de água revertida da Represa Guarapiranga para bairros da capital que ainda são abastecidos pelo manancial que atravessa sua pior crise de escassez.
Segundo Alckmin, serão remanejados mais mil litros por segundo do reservatório da zona sul paulistana para distritos mais centrais da cidade. Hoje o Guarapiranga já socorre com 1,1 mil litros os bairros do Jabaquara, Vila Olímpia, Brooklin e Pinheiros, que recebiam água do Cantareira. Outros 2,1 mil litros são revertidos do Sistema Alto Tietê para Penha, Ermelino Matarazzo, Cangaíba, Vila Formosa e Carrão, na zona leste.
Ao todo, cerca de 2 milhões de moradores da capital atendidos pelo Cantareira passaram a receber água do Guarapiranga e do Alto Tietê. Segundo a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) são essas operações de reversão de água na tubulação que provocam “cortes pontuais” de abastecimento. Em 02/05/14, esses dois sistemas estavam com 77,3% e 35,6% da capacidade, respectivamente.
Há uma semana, Alckmin já havia anunciado a reversão de 500 litros por segundo do Sistema Rio Grande, que ocupa um braço da represa Billings, na região do ABC paulista, a partir de setembro. O volume é suficiente para abastecer cerca de 150 mil pessoas. Segundo a Sabesp, o remanejamento de água, aliado à redução do consumo de 81% dos clientes do Cantareira ao tem evitado a adoção de racionamento de água generalizado na Grande São Paulo.
Barreiras
Em Campinas/SP, Alckmin assinou em 02/05 as autorizações para o projeto executivo e o licenciamento ambiental de dois novos reservatórios na Bacia dos Rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari (PCJ). O contrato com o Consórcio Hidrostudio Themas é de R$ 14,8 milhões e as obras só devem ser concluídas em 2018.
Segundo o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, as barragens vão diminuir a dependência do Sistema Cantareira pela região de Campinas, que recebe 3 mil litros por segundo do manancial. Juntos, os reservatórios poderão armazenar cerca de 67,4 bilhões de litros. “Se os reservatórios estivessem prontos hoje, haveria mais 6 mil litros por segundo disponíveis”, disse Arce. O projeto executivo e o licenciamento ambiental devem ser finalizados em 18 meses. A partir daí é que as obras começam. (OESP)

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