Alckmin anunciou em 02/05/14 o início dos projetos para
construção de mais dois reservatórios na Bacia dos Rios Piracicaba, Jundiaí e
Capivari.
No mesmo dia em que o Sistema Cantareira registrou mais uma
baixa histórica, com 10,4% da capacidade, o governador Geraldo Alckmin (PSDB)
anunciou que vai dobrar, a partir de outubro, a quantidade de água revertida da
Represa Guarapiranga para bairros da capital que ainda são abastecidos pelo
manancial que atravessa sua pior crise de escassez.
Segundo Alckmin, serão remanejados mais mil litros por
segundo do reservatório da zona sul paulistana para distritos mais centrais da
cidade. Hoje o Guarapiranga já socorre com 1,1 mil litros os bairros do
Jabaquara, Vila Olímpia, Brooklin e Pinheiros, que recebiam água do Cantareira.
Outros 2,1 mil litros são revertidos do Sistema Alto Tietê para Penha, Ermelino
Matarazzo, Cangaíba, Vila Formosa e Carrão, na zona leste.
Ao todo, cerca de 2 milhões de moradores da capital
atendidos pelo Cantareira passaram a receber água do Guarapiranga e do Alto
Tietê. Segundo a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) são essas
operações de reversão de água na tubulação que provocam “cortes pontuais” de
abastecimento. Em 02/05/14, esses dois sistemas estavam com 77,3% e 35,6% da
capacidade, respectivamente.
Há uma semana, Alckmin já havia anunciado a reversão de 500
litros por segundo do Sistema Rio Grande, que ocupa um braço da represa
Billings, na região do ABC paulista, a partir de setembro. O volume é
suficiente para abastecer cerca de 150 mil pessoas. Segundo a Sabesp, o remanejamento
de água, aliado à redução do consumo de 81% dos clientes do Cantareira ao tem
evitado a adoção de racionamento de água generalizado na Grande São Paulo.
Barreiras
Em Campinas/SP, Alckmin assinou em 02/05 as autorizações
para o projeto executivo e o licenciamento ambiental de dois novos
reservatórios na Bacia dos Rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari (PCJ). O
contrato com o Consórcio Hidrostudio Themas é de R$ 14,8 milhões e as obras só
devem ser concluídas em 2018.
Segundo o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos,
Mauro Arce, as barragens vão diminuir a dependência do Sistema Cantareira pela
região de Campinas, que recebe 3 mil litros por segundo do manancial. Juntos,
os reservatórios poderão armazenar cerca de 67,4 bilhões de litros. “Se os
reservatórios estivessem prontos hoje, haveria mais 6 mil litros por segundo
disponíveis”, disse Arce. O projeto executivo e o licenciamento ambiental devem
ser finalizados em 18 meses. A partir daí é que as obras começam. (OESP)
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