Prefeitura quer reduzir, nos próximos 20 anos, de 98,2% para 20% o
volume de lixo gerado despejado nos aterros sanitários
A Prefeitura de São
Paulo quer reduzir, nos próximos 20 anos, de 98,2% para 20% o volume de lixo
gerado pela capital paulista que é despejado nos aterros sanitários. A meta
está prevista no Plano de Resíduos Sólidos, que será apresentado em 02/04/14
pelo prefeito Fernando Haddad (PT).
Para atingir a
meta, a administração espera que até 2033 ao menos 30% dos paulistanos tratem
dentro de casa os resíduos orgânicos domiciliares, que correspondem a 51% das
20,1 mil toneladas de lixo coletado por dia na cidade.
A Prefeitura deve
começar ainda neste mês a distribuir gratuitamente 2 mil equipamentos para que
as pessoas façam a compostagem dos restos de alimentos, que viram adubo após o
tratamento. Segundo a gestão, 6,3 mil toneladas de lixo são compostáveis. "O
objetivo é reter o máximo possível os orgânicos e diminuir o lixo destinado aos
aterros", disse o presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana
(Amlurb), Silvano Silvério da Costa.
Segundo o
secretário municipal de Serviços, Simão Pedro, o novo plano adequa o sistema de
coleta da Prefeitura ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010.
"Fizemos uma opção radical pela reciclagem, em vez de apostar em outras
resoluções, como incineração do lixo", afirmou.
Centrais
O plano municipal
prevê a construção de quatro centrais de reciclagem para os resíduos secos,
como latas, vidros, plásticos e papéis. Duas delas, nos bairros Ponte Pequena
(região central) e Interlagos (zona sul), devem ser inaugurados em junho. As
demais só devem entrar em operação em 2016.
"Com isso, nós
pretendemos quintuplicar o volume de lixo reciclado. Hoje, são cerca de 250
toneladas por dia. A meta é chegar a 1.250 toneladas", disse Costa.
Segundo ele, a ideia é ampliar ainda a parceria da Prefeitura com os catadores
de material reciclável nas ruas.
O plano prevê que,
até 2016, no fim da gestão Haddad, os 96 distritos da capital estejam cobertos
com a coleta seletiva. Hoje, apenas 75 distritos, que correspondem a 42% dos
domicílios paulistanos, recebem a coleta segregada de resíduos.
Para o lixo
reciclável úmido, como caixas de pizza, papel higiênico e fraldas descartáveis,
a gestão Haddad pretende criar três ecoparques na cidade. Inspirados em
instalações existentes na Alemanha e na Espanha, os locais separam o que é
possível ser reciclado do que é rejeito e deve ir para os aterros. O plano
também inclui meta da gestão Haddad de compostar 100% do lixo das 880 feiras
livres até 2016. (OESP)
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