quarta-feira, 11 de junho de 2014

Situação ocorre a cada 3.378 anos

Segundo a USP, que avaliou a severidade desta seca, chance de cenário se repetir é de apenas 0,0033%.
A água é um recurso escasso para uma grande parcela da população mundial. Uma em cada três pessoas no mundo é afetada com a falta de recurso hídrico, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Estudo publicado pelo Instituto Potsdam de Pesquisa de Impactos Climáticos aponta que mudanças no Clima devem colocar mais 500 milhões de pessoas em todo o mundo em risco de falta de água, devido à redução das chuvas e evaporação. "A população mundial deve chegar a 9 bilhões até 2050 e isso fará com que a demanda por água aumente muito", afirma Glauco Kimura de Freitas, coordenador do Programa Água para a Vida, da ONG WWF.
Hoje, São Paulo vive a pior seca pelo menos dos últimos 84 anos – desde que as chuvas começaram a ser medidas. O índice de precipitação do verão foi muito baixo e os mananciais não encheram o suficiente para os reservatórios terem água em abundância nas estações mais secas do ano, o outono e o inverno.
Dos quatro reservatórios que abastecem o município, o da Cantareira, que serve 8,1 milhões de pessoas – zonas norte, central e partes da leste e oeste da capital –, foi o mais atingido. O índice de pluviometria acumulado no mês de maio ficou em 10,8 mm, apresentando a mínima histórica de 8,8 mm durante o mesmo período. O Cantareira costumava atingir o patamar de 83,2 mm nessa época do ano. Desde o início do ano, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) tomou várias medidas para que não faltasse água aos paulistanos. A mais recente, realizada em menos de dois meses: disponibilizar a reserva técnica do Cantareira, o volume abaixo do nível de captação do reservatório. Essa água passou a ser aproveitada depois da instalação de um complexo de 17 bombas, ampliando a oferta em 182,5 bilhões de litros. A Sabesp fez obras para poupar o Cantareira. Transferiu água dos sistemas Alto Tietê e Guarapiranga para alguns dos consumidores que eram abastecidos por ele. O Guarapiranga passou a servir os bairros do Jabaquara e Brooklin, na zona sul, e Pinheiros, na oeste. Já o Alto Tietê se encarregou da Penha, Vila Formosa, Jardim Popular e Carrão, bairros da zona leste paulistana. Ainda foi ampliado o transporte de água da adutora Rio Claro em mais 200 litros por segundo.
Com essas medidas, aliadas à economia obtida pela população da Grande São Paulo, houve uma queda de 6 metros cúbicos por segundo de retirada de água do Sistema Cantareira, de acordo com medições recentes. Outra medida prioritária e de grande resultado foi a implantação do bônus de 30% nas contas dos usuários que baixassem o consumo em 20% – o que reverteu em economia de recurso hídrico. Implantada em fevereiro, a medida, inicialmente, contemplava apenas os clientes do Sistema Cantareira, mas foi expandida para os paulistanos servidos por todos os outros sistemas, além de beneficiar moradores de 31 municípios da Grande São Paulo, e 12 cidades das regiões de Bragança Paulista e a área metropolitana de Campinas.
A adesão à economia pulou de 76% em março para 81% em abril. (cliptvnews)

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