A taxa de fecundidade total da América Latina e Caribe (ALC)
permaneceu constante em torno de 6 filhos por mulher entre 1950 e 1965. Na
segunda metade dos anos de 1960 a taxa global de fecundidade começou a cair e
deve atingir o nível de reposição (reemplazo), de 2,1 filhos por mulher, no
quinquênio 2015-20. No restante do século a taxa global de fecundidade deve
ficar entre 1,8 e 1,9 filho por mulher.
No quinquênio 1950-55 nasceram 7,67 milhões de crianças por
ano na ALC. Este número subiu até atingir o pico de 11,9 milhões de crianças ao
ano no quinquênio 1995-2000. Desde o início do século XXI o número de
nascimentos na região vem caindo, atingiu 11 milhões em 2010-15 e deve ficar em
7,1 milhões no quinquênio 2095-2100, segundo dados das projeções da Divisão de
População da ONU.
Embora o número de nascimentos esteja diminuindo a cada ano
a população total da América Latina e Caribe continua crescendo por conta da
chamada “inércia demográfica”. Ou seja, vai continuar havendo crescimento da
população enquanto a estrutura etária for relativamente jovem. O ponto de
inflexão entre crescimento e decrescimento está estimado para 2062, quando a
população total da ALC atingirá o seu ponto máximo de 791,6 milhões de
habitantes. A partir desta, data a população da ALC vai diminuir de tamanho e
vai poder aliviar a a capacidade de carga se houver estabilidade ou redução do
consumo.
Este processo de redução do número de nascimento já ocorre
há bastante tempo nos países desenvolvidos. Se o conjunto dos países em
desenvolvimento também seguir o exemplo da ALC a população mundial pode iniciar
o processo de decrescimento antes do que é projetado pela estimativas
internacionais. (ecodebate)
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