domingo, 13 de julho de 2014

Volume útil do Cantareira se esgota

Sistema Cantareira esgota volume útil e depende apenas de volume morto.
Reservatório passará a operar apenas com o ‘volume morto’ por pouco menos de dois meses.
Nível de todo o sistema está em apenas 18,7%.
O principal conjunto de reservatórios de água da região metropolitana de São Paulo deve esgotar até o final desta semana seu volume útil e passará a operar apenas com a chamada "reserva técnica", pouco menos de dois meses depois que esse recurso, também conhecido como "volume morto", começou a ser usado.
O conjunto de represas do Sistema Cantareira mostrava nível de 18,7% em 10/07/14, nível que inclui 18,5% de acréscimo que havia sido incorporado em 15 de maio com a utilização do volume morto.
A água do volume morto é aquela que fica empoçada abaixo do nível de captação das comportas e precisa ser bombeada para conseguir chegar às estações de tratamento.
Não fosse a utilização do volume morto, o nível do Sistema Cantareira, que abastece cerca de 9 milhões de habitantes da região metropolitana, o nível das represas seria de 0,2% em 10/07, segundo dados da empresa estadual de abastecimento e saneamento, Sabesp.
Na véspera, o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que não via mais como necessário a adoção de penalidade para consumidores que não reduzirem seu consumo de água, mas que a decisão é de competência da agência reguladora estadual Arsesp.
Desde 24 de maio, quando o nível de água do sistema estava em 25,7%, incluindo o volume morto, os reservatórios do Cantareira têm baixado. A média de redução é de cerca de 0,15% por dia, que implica em um esgotamento da água do sistema por volta de novembro, se as chuvas não retornarem a partir do final de setembro, como previsto por meteorologistas.
Enquanto isso, o Sistema Alto Tietê, de onde a Sabesp tem transferido água para ajudar a conter a redução do Cantareira, baixou de 31,5% para 24,1%. Já o nível do Guarapiranga recuou de 73,5% para 69% no período.
O Estado de São Paulo enfrenta a pior crise hídrica em 80 anos, diante de um início de ano com temperaturas acima da média e chuvas fracas que não serviram para recuperar represas para temporada de estiagem do inverno, cujo pico ocorre entre julho e setembro.
O governo paulista tem evitado adotar racionamento pelo lado da demanda (rodízio de abastecimento), afirmando que o desconto de 30% nas contas de consumidores que baixarem seu consumo em 20% tem dado resultados.
No final de junho, a Sabesp informou que 91% dos 19 milhões de habitantes atendidos pela empresa reduziu consumo de água. Desse total, 54% cortou o consumo médio em pelo menos 20%, o suficiente para terem direito ao desconto de 30% na conta. (yahoo)

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