Como num funeral,
ontem – 23/09/2014 – é um dia de luto histórico para o rio São Francisco e seu
povo. Segundo o diretor do Parque Nacional da Serra da Canastra sua nascente
histórica secou.
Nascente do Rio São Francisco, na cidade mineira de
São Roque de Minas.
Como dizia
Shakespeare pela boca de Macbeth:
Amanhã, e amanhã, e ainda outro amanhã arrastam-se
nessa passada trivial do dia para a noite, da noite para o dia, até a última
sílaba do registro dos tempos. E todos os nossos ontens não fizeram mais que
iluminar para os tolos o caminho que leva ao pó da morte. Apaga-te, apaga-te,
chama breve! A vida não passa de uma sombra que caminha, um pobre ator que se
pavoneia e se aflige sobre o palco – faz isso por uma hora e, depois, não se
escuta mais sua voz. É uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria
e vazia de significado.
Nem o pior dos
vaticínios nos anteciparia essa notícia. Agora não é mais previsão dos
catastrofistas, dos apocalípticos, de ambientalistas sectários. Estamos diante
do fato.
James Lovelock previa
que o território brasileiro, até o final do século, seria inabitável. Se ele
está certo ou ou não só o futuro dirá. Mas, com certeza, pela destruição de
nossas bases naturais, estamos construindo um futuro apavorante. (ecodebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário