Tanques
usados nas quatro fases do processo de tratamento de água da Estação do Guaraú,
em São Paulo: coagulação, floculação, decantação e filtração.
Os tratamentos de água são
necessários para águas residuárias de sistemas industriais ou para os esgotos
coletados nas áreas com populações. Objetivam devolver características
físico-químicas às águas, antes das mesmas serem dispostas ou retornarem aos sistemas
hídricos naturais, superficiais ou subterrâneos.
Os tratamentos envolvem vários
tipos de processos, desde a remoção física dos poluentes, passando por
processos químicos e podendo ser finalizados por refinamentos biológicos.
Existem tratamentos denominados
primários, secundários e terciários, cada um deles sendo constituído de vários
processos unitários individuais.
Processos unitários é a
denominação que se dá para cada procedimento físico ou químico que integra o
elenco de ações que objetiva dotar o efluente residuário considerado, de
condições para retornar ao fluxo natural das águas sem causar danos e impactos
ambientais.
Os denominados tratamentos
primários são constituídos por processos físico químicos, por coagulação e floculação
das águas residuárias e objetivam a remoção de poluentes inorgânicos, materiais
insolúveis, metais pesados, matéria orgânica não-biodegradável, sólidos em
suspensão e outros.
O tratamento físico-químico por
coagulação-floculação difere muito pouco dos sistemas empregados no tratamento
de água bruta para abastecimento público, onde sua concepção básica consiste em
transformar em flocos as impurezas em estado coloidal e as suspensões, para
posteriormente remover estes materiais em decantadores.
A floculação é obtida com
coagulantes químicos como os sais de Alumínio e Ferro, que reagem com a
alcalinidade contida ou adicionada nas águas residuárias para correção do pH
muito ácido, formando hidróxidos que desestabilizam coloides e partículas em
suspensão.
Para obtenção de eficiência nos
tratamentos, é necessário escolher os processos de forma adequada.
Os processos físico-químicos são
recomendados na remoção de poluentes inorgânicos, metais pesados, óleos e
graxas, sólidos sedimentáveis e sólidos em suspensão através de processos de
coagulação-floculação e remoção de matérias orgânicas não-biodegradáveis e
sólidos dissolvidos, por precipitação química. A remoção de compostos ocorre
através de oxidação química.
Na remoção de sólidos voláteis,
dissolvidos e em suspensão, o tratamento biológico é mais indicado. Para
remover sólidos fixos dissolvidos, são necessários tratamentos mais avançados
como troca iônica, adsorção em leitos de carvão ativado e outros.
Na escolha do tratamento, a
relação entre Digestão Química de Oxigênio (DQO) e Digestão Biológica de
Oxigênio (DBO) é o parâmetro definidor fundamental:
1) o caso em que a DQO seja o
dobro da DBO, é provável que parte da matéria orgânica seja biodegradável,
podendo ser adotados tratamentos biológicos convencionais;
2) na hipótese do DQO ser muito
além do dobro da DBO (3 ou 4 vezes maior), é provável que grande parte da
matéria orgânica não seja biodegradável e tratamentos químicos podem ser mais
adequados; caso haja presença de celulose, que não é biodegradável, mas não é
tóxica, poderá ser aplicado tratamento biológico.
O procedimento, para avaliar a
eficiência dos processos e orientar a escolha do tratamento adequado, é a
execução de ensaios de floculação (“jar-test”) que são simulações laboratoriais
do que realmente ocorre nas estações de tratamento. (ecodebate)
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