Especialistas apelam por mais proteção contra resíduos de
plástico nos oceanos
O lixo marinho
afeta comunidades e mares em todas as regiões do mundo, e impacta negativamente
a biodiversidade, a pesca e as economias costeiras.
O constante acúmulo
de lixo nos oceanos do mundo é um “enorme desafio” e uma crescente ameaça aos
ecossistemas marinhos do planeta com pleno potencial para provocar
“consequências socioeconômicas significativas”, alertaram especialistas,
políticos e delegados no último dia do 16° Encontro Mundial das Convenções
Marítimas Regionais e Planos de Ação do Programa da ONU para o Meio Ambiente
(PNUMA), em 01/10/14.
O evento foi
realizado em Atenas, na Grécia, em meio à crescente preocupação global sobre a
acumulação de resíduos de plástico nos oceanos e mares. Um problema, que
segundo os especialistas, pode representar cerca de 13 bilhões de dólares em
danos à vida e habitats marinhos, e que exige uma solução abrangente.
Na ocasião, foi
criado um “plano visionário” que busca traçar um caminho para a gestão dos
oceanos na próxima década, em especial nas áreas de extração, governança,
impactos da mudança climática, e a acidificação e poluição dos oceanos. “Ter um
plano vai nos manter, e aqueles que nos seguem, com foco nos resultados que
precisamos alcançar nas próximas décadas”, disse a coordenadora do PNUMA sobre
Água Doce e Ecossistema Marinho, Jacqueline Alder.
Além disso, em amplo
consenso, foi alertado que os microplásticos merecem mais atenção e seu impacto
físico e biológico sobre os ecossistemas marinhos deve ser melhor analisado.
Também foi aconselhado uma abordagem de três níveis para combater o lixo
marinho em nível nacional, regional e municipal para diminuir a carga que
geralmente cabe aos municípios de administrar o descarte de resíduos sólidos.
(ecodebate)
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