Conselho de administração aceita desconto para quem reduzir
consumo entre 10% e 20% proposta foi apresentada por Alckmin.
O conselho de administração da Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) classificou como “crítica” a situação
hídrica atual e aprovou nesta terça-feira, 21, novos descontos para reduzir o
consumo de água. Quem gastar de 10% a 15% menos do que foi consumido na média
de 12 meses, entre fevereiro do ano passado e janeiro deste ano, terá 10% de
desconto na conta. Já quem reduzir de 15% a 20%, tendo como base o mesmo
período, ganhará 15% de bônus.
A proposta havia sido feita pelo governador Geraldo Alckmin
(PSDB), em 16/10/14. Agora, as novas faixas vão valer para as 31 cidades da
Grande São Paulo que já têm metas de economia e 11 cidades do interior do
Estado.
Consumidores que economizarem água terão descontos na conta,
anunciou em 21/10, a Sabesp.
Em nota enviada a investidores, a companhia informa que as
mudanças no Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água consideram a
situação crítica e “o agravamento da baixa disponibilidade de água, e a
consequente necessidade de ajustar a demanda à oferta para favorecer a
recomposição dos reservatórios em um menor espaço de tempo”.
Atualmente, o desconto é fixo em 30% para quem reduzir o
consumo de água em ao menos 20%. Em setembro, 26% dos consumidores, de acordo
com a Sabesp, baixaram o gasto, mas não atingiram a cota mínima para conseguir
o bônus. Outros 49% atingiram a meta em setembro e 25% dos usuários aumentaram
o gasto com água.
Validade
As regras foram divulgadas em 21/10, mas não têm data para
começar a valer. A diretoria colegiada da Agência Reguladora de Água e Energia
de São Paulo (Arsesp) ainda precisa avaliar e aprovar a medida.
Segundo a Sabesp, quem já vem economizando 20% continuará na
faixa máxima de desconto, de 30% - na prática, quem deixa de gastar 20% recebe
fatura com metade do valor.
Em depoimento a vereadores, na semana passada, a presidente
da Sabesp, Dilma Pena, avaliou que o desconto é mais eficiente do que a adoção
de racionamento. “Se fosse feito (o rodízio), a água teria acabado em agosto.
Você não pode dar bônus e pedir economia para quem fica 18 horas sem água.”/ (OESP)
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