Aquecimento global pode subir de 1,5°C para 4°C até 2100,
alerta relatório do Banco Mundial
A publicação mostra como a
elevação das temperaturas globais está afetando cada vez mais a saúde e os
meios de subsistência das populações mais vulneráveis.
Poluição do ar causada por usina a carvão em Kosovo.
O novo relatório “Diminuir o Calor:
Confrontando o novo padrão climático“,
publicado pelo Banco Mundial em 23/11 alerta que se o mundo não agir imediatamente para mitigar o aquecimento global, é provável que até o final deste século o aquecimento suba
em relação aos níveis pré-industriais de 1,5°C – segundo a previsão atual –
para 4°C.
A publicação mostra como a
elevação das temperaturas globais está afetando cada vez mais a saúde e os
meios de subsistência das populações mais vulneráveis, ampliando de maneira
drástica os problemas que cada região vem enfrentando atualmente.
A zona costeira da América
Latina e o Caribe, o Oriente Médio e o Norte da África e algumas partes da
Europa e da Ásia Central são as regiões destacadas no relatório a estarem
expostas ao mesmo risco: o calor extremo.
Segundo a publicação, em
áreas centrais de produção agrícola, à medida que a produtividade agrícola
diminui devido à seca, os recursos hídricos se alteram e os meios de
subsistência de milhões de pessoas são postos em risco.
Já em áreas costeiras, o
derretimento das geleiras pode subir o nível do mar desde o período
pré-industrial para mais de 30 cm até 2100 e causar fortes inundações em
cidades e comunidades. Além disso, se este “novo padrão climático” persistir,
podem surgir alterações irreversíveis e em grande escala.
“Este relatório confirma o
que os cientistas já vinham dizendo, que as emissões do passado estabeleceram
uma trajetória inevitável rumo ao aquecimento nas próximas duas décadas, o que
afetará mais seriamente os mais pobres e os mais vulneráveis do mundo”, afirmou
o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, acrescentando que desde os tempos
pré-industriais até agora o aquecimento mundial já é 0,8°C mais alto.
“A boa notícia é que podemos
tomar medidas para reduzir o ritmo da mudança climática e promover o
crescimento econômico, medidas essas que acabarão por interromper essa perigosa
trajetória que estamos seguindo”, ressaltou. (ecodebate)
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