sábado, 17 de janeiro de 2015

Governo de Minas diz ter plano de preservação

Investimentos de R$ 50 bilhões estão previstos para acabar com desmatamento ilegal do bioma; só em fiscalização será R$13 mi.
A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas informou ter lançado, em maio do ano passado, um Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento da Mata Atlântica, que prevê investimentos de R$ 50 milhões, com o objetivo de acabar com o desmatamento ilegal no bioma.
Segundo a pasta, o plano contém investimento de R$ 13 milhões apenas em ações de fiscalização que “vão contribuir para a conservação e a recuperação dos remanescentes de Mata Atlântica de Minas”. “Serão fiscalizadas 100% das áreas identificadas com a retirada da cobertura vegetal nativa e em estágio sucessional médio ou avançado, independentemente se são autorizadas ou não pelo órgão ambiental competente.”
De acordo com a secretaria, foram feitas 647 operações de fiscalização em todo o Estado contra desmatamento de floresta nativa e poluição de rios em 2014. Segundo a pasta, cinco ações foram realizadas nas cidades de Extrema e Camanducaia, por onde passa o Rio Jaguari, principal afluente do Sistema Cantareira. O governo destacou que a região faz parte da Área de Proteção Ambiental da Rodovia Fernão Dias, criada em 1997.
Ainda segundo o governo mineiro, desde 2003, “houve aumento de cerca de 35% nas áreas verdes” do Estado. “Minas soma 186 unidades de conservação somente no bioma Mata Atlântica”, totalizando dois 2 milhões de hectares preservados. Apesar disso, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, o Estado foi recordista em desmatamento em cinco dos últimos dez anos.
Nascentes ressurgem em Minas
A 1,6 mil metros de altitude, quase no topo da Serra da Mantiqueira, parte das nascentes que formam o Rio Jaguari em Camanducaia, no sul de Minas, renasceu com as chuvas dos últimos 30 dias.
A água que voltou a brotar na montanha anima os moradores das regiões, mas ainda não tem volume nem força para percorrer 100 quilômetros e encher os reservatórios do Sistema Cantareira em Bragança Paulista e Joanópolis, em São Paulo.
A água que voltou a brotar na montanha anima os moradores da região, mas ainda não tem volume nem força para percorrer 100 quilômetros e encher os reservatórios do Sistema Cantareira em Bragança Paulista e Joanópolis, em São Paulo.
As represas que representam 82% do manancial recebem 60% menos água do que antes da crise e agonizam no volume morto.
As represas que representam 82% do manancial recebem 60% menos água do que antes da crise e agonizam no volume morto.
Principal afluente do Cantareira que abastece hoje cerca de 12 milhões de pessoas na Grande São Paulo e na região de Campinas, o Rio Jaguari virou um pequeno córrego com menos de 50 centímetros de profundidade durante a estiagem do ano passado.
Principal afluente do Cantareira, que abastece hoje cerca de 12 milhões de pessoas na Grande São Paulo e na região de Campinas, o Rio Jaguari virou um pequeno córrego com menos de 50 centímetros de profundidade durante a estiagem do ano passado.
Muitas nascentes que forma o rio nos municípios de Extrema, Camanducaia e São Bento do Sapucaí, desapareceram no início de 2014, quando o Estadão teve na região. Aos poucos, esses cursos d’água estão renascendo, o que já elevou para 1,5 metros o rio Jaguari no início de janeiro/15, o que não acontecia desde dezembro/13.
Muitas nascentes que formam o rio nos municípios mineiros de Extrema, Camanducaia e São Bento do Sapucaí desapareceram no início de 2014, quando o Estado esteve na região. Aos poucos, esses cursos d’água estão renascendo, o que já elevou para 1,5 metro o Jaguari na semana passada, o que não acontecia desde dezembro de 2013.
Em Extrema, na divisa entre Minas e São Paulo, cachoeiras que tinham virado pedra voltaram a ter quedas e piscinas naturais. “O rio sobe bem quando chove aqui no alto da serra, mas logo baixa. A terra está muito seca, ela chupa toda a água”, relata Clemilson Aparecido Fernandes, de 32 anos, que trabalha na Fazenda Campo Verde, onde estão algumas nascentes do Jaguari, limite do município com São Bento do Sapucaí.
Em Extrema, na divisa entre Minas e São Paulo, cachoeiras que tinham virado pedra voltaram a ter quedas e piscinas naturais. “O rio sobe bem quando chove aqui no alto da serra, mas logo baixa. A terra está muito seca, ela chupa toda a água”, relata Clemilson Aparecido Fernandes, de 32 anos, que trabalha na Fazenda Campo Verde, onde estão algumas nascentes do Jaguari, no limite do município com São Bento do Sapucaí.
Agricultores, meteorologistas, pescadores e donos de pousadas na região do sul de Minas estão animados com a volta dos riachos e das nascentes do Jaguari. Mas todos são unânimes na avaliação de que a chuva deste ano ainda não seria suficiente para recuperar o rio.
Agricultores, meteorologistas, pescadores e donos de pousada na região do sul de Minas estão animados com a volta dos riachos e das nascentes do Jaguari. Mas todos são unânimes na avaliação de que a chuva deste ano ainda não será suficiente para recuperar o rio.
A destruição da mata ciliar do Rio Jaguari ao longo de seu trajeto sinuoso por dentro da Serra da Mantiqueira, no sul de Minas, é hoje a maior vilã da recuperação das represas do Sistema Cantareira.
A destruição da mata ciliar do Rio Jaguari ao longo de seu trajeto sinuoso por dentro da Serra da Mantiqueira, no sul de Minas, é hoje a maior vilã da recuperação das represas do Sistema Cantareira.
Fazendas de eucaliptos e pinus tomaram toda a região no alto da serra, onde estão as nascentes do manancial. (OESP)

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