Reservatório de Paraibuna que abastece o Rio de Janeiro,
atingiu o volume morto, informa ONS
Leito seco da represa da Paraibuna.
Publicado em 22/01/15 pelo Operador Nacional do
Sistema Elétrico (ONS), o Informativo Preliminar Diário da Operação indica que
o nível do reservatório de Paraibuna, no Rio Paraíba do Sul, pertencente à
Companhia Energética de São Paulo (Cesp), atingiu o chamado volume morto em
21/01 às 7h. Segundo a assessoria de imprensa do ONS, o reservatório não está
produzindo o energia.
Estão chegando ao reservatório 9 m3
de água por segundo (m³/s), mas o sistema está permitindo a saída de 32m³/s.
Segundo a assessoria, isso está sendo feito com vertimento, isto é, com
descarga que não passa pelas turbinas, porque é preciso respeitar a vazão
defluente mínima obrigatória do reservatório.
Segundo a assessoria, ele está usando o volume
morto para manter a descarga mínima obrigatória. Em outras palavras, toda a
defluência do reservatório está sendo feita com uso do volume morto.
Na avaliação do ONS, esse é um sinal de que os
reservatórios estão se esvaziando. O de Santa Branca, pertencente à Light, por
exemplo, apresenta nível de 0,65%, com entrada de 27m³/s de água e saída de
40m³/s; o de Funil (Furnas) tem nível de 4,15%, com 65m³/s de entrada e 137m³/s
de saída; já no Reservatório de Jaguari (Cesp), o nível alcança 2%, com 5m³/s
entrando e 11m³/s saindo.
O ONS destacou, entretanto, que para a geração
de energia do Sistema Interligado Nacional, a Bacia do Paraíba do Sul
representa menos de 1% da energia produzida. Segundo a assessoria, isso não é
relevante em termos de energia.
O coordenador do Grupo de Estudos do Setor
Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ), Nivalde de
Castro, reforçou que, para a geração elétrica, a Bacia do Paraíba do Sul “não é
problemática”. “Ela vai ser problemática para o abastecimento de água”. Segundo
ele, como não está chovendo, a tendência é que outras bacias comecem a ter o
mesmo tipo de problema. “De maneira geral, a próxima medida agora é fazer
procissão para São Pedro”, disse ele. (ecodebate)
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