A água é a substância mais reciclável na
natureza e faz parte essencial de todas as formas de vida dos reinos vegetal e
animal, encontrando-se por toda a parte na crosta terrestre e na atmosfera.
O ciclo
hidrológico é o fenômeno de circulação da água entre a superfície terrestre e a
atmosfera, impulsionado pela energia solar, aliada à gravidade e à da Terra.
A energia solar, a que chamamos radiação,
provoca a evaporação da água para a atmosfera. Dependendo da quantidade de
vapor e da temperatura do ar, parte do vapor d’água se condensa, formando
massas de ar úmidas, as quais podem ser carregadas pelo vento, provocado pelas
diferenças de pressão atmosféricas. Sob condições específicas, a gravidade
causará as precipitações das condensações na atmosfera (água, neve ou gelo). Na
superfície terrestre, a água também estará sob o efeito da gravidade, podendo
ser movimentada superficialmente para os rios, lagos e oceanos, ou se infiltrar
para o subsolo. Parte da água pode ser evaporada, reiniciando-se o ciclo
hidrológico.
A bacia hidrográfica é usualmente definida
como a área na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio principal
e seus afluentes devido às suas características geográficas e topográficas.
Bacia hidrográfica
é o mesmo que bacia de drenagem. Em outras palavras, é a área delimitada da
superfície da terra firme em que as águas convergem para um único ponto, que é
a foz do rio que dá nome à bacia.
A bacia
hidrográfica é a unidade de planejamento dos recursos hídricos da União (Lei
9.433/1997).
Os principais elementos componentes das
bacias hidrográficas são:
• os divisores de água, cristas das
elevações que separam a drenagem de uma e outra bacia;
• os fundos de vale – áreas adjacentes a rios ou ribeiros e que geralmente sofrem
inundações;
• as sub-bacias – bacias menores, geralmente
de alguma afluente do rio principal;
• as nascentes – local onde a água subterrânea brota para a superfície formando um
corpo de água;
• as áreas de descarga – locais onde a água
escapa para a superfície do terreno, vazão;
• as áreas de recarga – local onde a água
penetra no solo recarregando o lençol freático, e
• os perfis hidrogeoquímicos ou
hidroquímicos – são as características da água subterrânea no espaço
litológico.
De acordo com Sentelhas e Angelocci (2009),
o cômputo das entradas e saídas de água de um sistema é chamado balanço hídrico.
Várias escalas espaciais podem ser utilizadas para se calcular o balanço
hídrico. Em macroescala, o balanço hídrico é o próprio ciclo hidrológico, cujo
resultado nos fornecerá a água disponível no sistema (solo, rios, lagos,
vegetação úmida e oceanos), ou seja, na biosfera.
Computando-se o balanço entre a chuva e a água que retorna para a atmosfera pelos processos de evaporação do solo e de transpiração das plantas, tem-se o balanço hídrico, definindo-se as estações seca e úmida.
Em uma escala intermediária, representada
por uma microbacia hidrográfica, o balanço hídrico resulta na vazão de água
desse sistema. Para períodos em que a chuva é menor do que a demanda de
atmosférica por vapor d’água, a vazão (Q) diminui; nos períodos em que a chuva
supera a demanda, a vazão (Q) aumenta.
Na escala local, no caso de uma cultura, por
exemplo, o balanço hídrico tem por objetivo estabelecer a variação do
armazenamento e, consequentemente, a disponibilidade de água no solo.
Conhecendo-se a umidade do solo, ou o quanto de água este armazena, é possível
determinar se a cultura está sofrendo deficiência hídrica, a qual é intimamente
ligada ao rendimento dessa cultura. (professormarciosantos3)
Nenhum comentário:
Postar um comentário