Apesar de chuvas, nível do Cantareira continua baixando
Nível do sistema caiu para 6,2% após as chuvas das duas
semanas em São Paulo.
Pior crise desde 1930.
Nível do Cantareira continua baixando, apesar de chuvas.
O nível do Sistema Cantareira caiu em 15/01/15 a 6,2% apesar das chuvas
que caem há duas semanas em São Paulo, que passa por sua pior crise hídrica
desde 1930.
A
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) comunicou que o
sistema opera com 6,2% da segunda cota do "volume morto", reserva
técnica que começou a ser usada em novembro.
O
nível do Cantareira estava em 6,4% antes da forte tempestade com granizo e
descargas elétricas de ontem, que manteve em estado de alerta vários bairros e
deixou 200 mil residências sem luz, segundo a AES Eletropaulo.
A
nova queda acontece um dia depois de o novo presidente da Sabesp, Jerson
Kelman, admitir que o sistema pode secar totalmente em março, embora com os
atuais níveis de chuvas o Ministério de Ciência e Tecnologia preveja que o
conjunto de açudes pode "sobreviver" até junho.
Ontem,
o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu pela primeira vez que a
capital e vários municípios passam por racionamento de água e o atribuiu a que
a reguladora nacional ordenou reduzir a pressão utilizada para a provisão.
Com
a admissão da existência de racionamento, a Justiça autorizou novamente a
cobrança de multas pelo excesso de consumo, como o tinham decretado as
autoridades, mas que estava suspensa porque para ser efetiva tinha que ter
reconhecimento oficial por parte do governo.
O
juiz José Renato Nalini, presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo, emitiu ontem à noite uma decisão na qual revogava a suspensão e aprovava
de novo a decisão do governador.
"Ninguém
sobrevive sem água", indicou o magistrado em sua decisão de defesa da
aplicação de multas para evitar um "prejuízo à saúde pública".
São
Paulo sofreu em 2014 sua pior crise hídrica desde 1930, com uma seca que
disparou o alarme em todos seus reservatórios e que obrigou o governo a adotar
medidas como as de bonificar usuários que reduzam o consumo e punir com multas
os que o aumentam.
As
chuvas de 2014 no sudeste do Brasil foram muito inferiores às esperadas e as
chuvas registradas no início de 2015, com forte intensidade, ventos e
tempestades elétricas, só serviram para manter estáveis os níveis dos
reservatórios por poucos dias. (yahoo)
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