sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

ANA limita retirada de água do Sistema Cantareira

Agência reguladora limita retirada de água do Sistema Cantareira
Sistema Cantareira pode secar em quatro meses, caso as chuvas continuem abaixo da média. 
O limite de retirada de água do Sistema Cantareira para janeiro deste ano é 22,9 milhões de m³, de acordo com comunicado conjunto da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE). A meta é que 47,6 milhões de m³ sejam preservados no sistema.
O documento foi encaminhado aos presidentes da Companhia Estadual de Saneamento Básico (Sabesp), Jerson Kelman, e dos Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), Gabriel Ferrato dos Santos.
Conforme a ANA, a Sabesp utilizou previsões de vazões afluentes – entrada de água das chuvas no sistema – acima do registrado nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2014. Em ofício encaminhado ao DAEE, a agência expressa preocupação em relação ao planejamento do sistema e “reforça a necessidade de apresentação, pela Sabesp, de um plano de contingência que contemple ações emergenciais”.
A previsão da Sabesp para entrada de água naqueles meses foi, respectivamente, 15,4 m³/s, 23,7 m³/s e 27,9 m³/s. Entretanto, segundo a ANA as médias verificadas correspondem a 4,0 m³/s, 6,0 m³/s e 12,8 m³/s. A diferença entre planejamento e realidade corresponde a 117 milhões de m³ a menos do que foi previsto para os três últimos meses de 2014.
O órgão destaca que, em 30 de abril deste ano, o Cantareira precisa garantir o equivalente a 10% do volume útil original do sistema, aproximadamente 97 milhões de m³. “A não observância no passado desta recomendação poderá tornar inviáveis metas adequadas de segurança hídrica para o próximo período de seca”, alerta o documento.
Nota técnica divulgada pelo DAEE revela que a vazão média afluente chegou a 8,11 m³/s, entre 1º a 19 de janeiro. A previsão é que, no fim do mês, a média alcance 8,5 m³/s. Além disso, o ofício informa que “será necessária a elaboração de novos planos de contingência”.
“As perspectivas, no momento, são de um agravamento da crise, o que deverá implicar em reduções ainda maiores das retiradas”, completa o documento.
A Sabesp não havia se manifestado sobre o comunicado até a publicação da matéria. (ecodebate)

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