Principal obra contra crise
hídrica atrasa e fica para agosto.
Sabesp afirma que
transposição de água da Represa Billings para o Sistema Alto Tietê, prometida
por Alckmin para maio/15, deve começar nesta semana e ser concluída em 4 meses
para ajudar o Cantareira.
Apontada
como a principal obra para evitar o rodízio de água na Grande São Paulo neste
ano, a interligação da Billings (Sistema Rio Grande) com a Represa Taiaçupeba
(Alto Tietê) ainda não saiu do papel e já acumula três meses de atraso.
Em
janeiro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu iniciar a obra no mês
seguinte e entregá-la em maio deste ano. Agora, a Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já prevê conclui-la apenas em agosto.
Orçada
em R$ 130 milhões, a interligação prevê a transposição de 4 mil litros por
segundo do Rio Grande, braço limpo da Billings, em Ribeirão Pires, para a
Taiaçupeba, em Suzano, onde fica a estação de tratamento de água do Sistema
Alto Tietê. Para isso serão construídos dois dutos com 11 quilômetros de
extensão e duas estações elevatórias de água bruta.
Orçada
em R$ 130 milhões, a interligação prevê a transposição de 4 mil litros por
segundo do Rio Grande, braço limpo da Billings, em Ribeirão Pires, para a
Taiaçupeba, em Suzano
Com
essa transposição, a Sabesp pretende ampliar a produção do Alto Tietê, hoje com
capacidade ociosa por falta de água em seus reservatórios, para que ele possa
socorrer mais bairros da zona leste paulistana que hoje ainda dependem do
Cantareira. Ontem, o principal manancial paulista estava com 20,1% da
capacidade, considerando o volume morto, ou 9,2% abaixo do nível zero do
sistema.
Em
nota, a companhia informou que os atrasos no cronograma da transposição
“tratam-se de ajustes normais dado o tamanho e a complexidade de uma obra desse
porte”. Segundo a estatal, a obra começa ainda nesta semana e será concluída em
quatro meses.
Para
que a transposição não comprometa a capacidade do Rio Grande durante os meses
de estiagem, a Sabesp vai “abastecê-lo” com os mesmos 4 mil l/s através da
ligação com o Rio Pequeno, um braço menor da Billings que é ligado ao corpo
central poluído da represa.
Segundo
a Sabesp, essa água já é utilizada há cerca de 15 anos por meio da ligação do
braço Taquacetuba da Billings com o Sistema Guarapiranga (4 mil l/s) e sua
qualidade é monitorada constantemente.
Além
da Billings, a Sabesp prevê levar água dos rios Guaió e Itatinga para o Alto
Tietê, que em fevereiro começou a receber 500 l/s do Córrego Guaratuba, e dos
Rios Capivari e Juquiá para o Guarapiranga, cuja produção será ampliada para 16
mil l/s com o acréscimo de mais 1 mil l/s na transferência de água pelo braço
Taquacetuba. (OESP)
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