‘Aumento na produção agrícola mundial não é sinônimo de fim
da fome’, afirma FAO
Trabalhadores
agrícolas colhem cenouras em uma fazenda em Chimaltenango, Guatemala.
O modelo de produção
agrícola predominante nos dias de hoje não é apropriado para responder aos
desafios de segurança do século 21, disse o chefe da Organização da ONU para a
Alimentação e a Agricultura (FAO), em 20/02 no Fórum Internacional na França.
Para o brasileiro José Graziano da Silva, o mundo precisa de um novo modelo mais sustentável,
inclusivo e resiliente.
O Fórum Internacional sobre
Agricultura e Mudanças Climáticas reuniu, em Paris (França) ministros,
cientistas, agricultores e membros da sociedade civil. Durante seu discurso,
Graziano da Silva pediu uma mudança de paradigma e reforçou que o aumento de
produção não significa o fim da forme, lembrando que 805 milhões de pessoas não
têm acesso a alimentos de forma regular.
O chefe da FAO também citou que a
mudança climática já não é mais uma ameaça e sim uma “realidade que está diante
dos nossos olhos”. Para ele as alterações do clima não afetam apenas a produção
de alimento, mas também a disponibilidade e a estabilidade do seu fornecimento.
“Em uma economia global, a mudança climática transforma o mercado global dos
produtos agrícolas menos previsíveis e
mais voláteis”.
No Ano Internacional do Solo, Graziano
da Silva também reforçou o papel de solos saudáveis na conservação da
biodiversidade e no ciclo do carbono. Para a sua preservação, a agricultura
inteligente, adaptada às mudanças climáticas, é um dos enfoques inovadores,
possibilitando que os cultivos se ajustem melhor as pressões do meio ambiente
e, por outro lado, diminuindo o seu próprio impacto na biodiversidade.
(ecodebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário