quinta-feira, 7 de maio de 2015

O que você precisa saber sobre a crise da água

O que vai acontecer se São Paulo ficar realmente sem água?
A crise da água em São Paulo está se agravando e o cenário não deve melhorar nos próximos meses. Especialistas consultados por EXAME.com afirmam que as soluções de curto prazo existentes já foram tomadas e o que nos resta agora é o rodízio de abastecimento. A Sabesp já cogita um revezamento severo, de cinco dias sem água por semana. Com isso, a pergunta que todo paulistano se faz é: o que vai acontecer se ficarmos realmente sem água?
Os cenários traçados vão desde o esgotamento dos nossos lençóis freáticos, devido à perfuração excessiva de poços, até a redução do horário de funcionamento de alguns estabelecimentos, além da instituição de férias coletivas nas empresas em decorrência da falta de água. Dentro de casa, estocagem de água e economia de alimentos.
O fato é que a atual crise veio para ficar, e os paulistas precisarão mudar os hábitos radicalmente, segundo Gabriela Yamaguchi, gerente de campanhas do Instituto Akatu, instituição que atua na promoção do consumo consciente.
“Esse cenário não vai ficar só em 2015. Devemos permanecer pelo menos dois anos com pouca chuva. Portanto, a situação dos reservatórios não vai melhorar no curto prazo”, afirma Gabriela.
O engenheiro Julio Cerqueira Cesar Neto, especialista na área hídrica, reforça o diagnóstico: “Quando acabar o volume morto do Cantareira deixaremos de ter cerca de 30 m3 por segundo. Esse é o tamanho do problema. E não tem de onde tirar esse volume de água num curto prazo”, afirma. Antes da crise, a vazão retirada do Cantareira era de 31 m3 por segundo. Hoje, esse número já baixou para 14, de acordo com a Sabesp.
Caso esse cenário se concretize, Gabriela afirma que a prioridade será dada para serviços essenciais, como hospitais, polícia, bombeiros e escolas. “Em outros locais, como shoppings, é possível que haja uma redução do horário de funcionamento. Também já ouvimos entidades empresariais falarem em férias coletivas para os funcionários, devido à falta d’água”, afirma.
No entanto, a representante do Akatu argumenta que esse tipo de situação ainda pode ser evitado. A solução estaria estar na articulação dos diversos atores sociais para garantir a economia de água.
“Para que não se chegue a isso, é preciso ter mais coordenação no diálogo. Não é possível esperar que só uma campanha de diminuição de consumo da população resolva o problema. Precisamos da participação do setor industrial e do agronegócio”, afirma.
Poços
Enquanto essa coordenação não se concretiza, muitos estabelecimentos já estão recorrendo à perfuração de poços e, em casos extremos, à contratação de caminhões-pipa.
Mas os especialistas explicam que a perfuração não pode ser levada ao extremo. “Se perfurar um poço muito próximo de outro, os dois podem ficar sem água”, diz Cesar Neto.
Outro problema é a possibilidade de que, com muitos poços, a cidade esgote outra fonte de recursos hídricos: os lençóis freáticos. “Com a perfuração de poços, o que estamos fazendo é apenas substituir uma fonte de água por outra. O raciocínio precisa ser diferente. Precisamos mudar nossos hábitos em relação ao consumo”, diz Gabriela.
Um dos caminhos para um uso mais consciente da água, segundo a especialista, é o reuso. A água usada no enxague da máquina de lavar, por exemplo, pode ser reutilizada na descarga. Outra atitude necessária é o aproveitamento da água da chuva, inclusive com a construção de cisternas.
Outro ponto fundamental é observar nosso consumo de produtos que utilizam muita água em sua cadeia produtiva. “O exemplo clássico é o desperdício de alimentos. O maior consumidor de água do mundo é o agronegócio. E o maior desperdício que há no planeta é o de alimentos. Isso precisa diminuir”, afirma.
De acordo com a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o prazo dado pela Sabesp para iniciar um rodízio drástico no abastecimento é de menos de dois meses. Sendo assim, é preciso correr para aprender a economizar água e a trabalhar em conjunto pela preservação dos recursos hídricos. 
Acompanhe diariamente como está a situação dos reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo na ferramenta de EXAME.com.
Veja como a redução da água afeta 10 bairros de SP
Rodízio de água em SP começaria em abril/15
O rodízio de água na Grande São Paulo começaria até a primeira quinzena de abril. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o governador Geraldo Alckmin estaria discutindo com a Sabesp que as restrições no abastecimento de água na região comecem justamente com o fim do período chuvoso. A expectativa é de que, até lá, a segunda cota do volume morto do Sistema Cantareira também termine. 
O modelo, contudo, ainda não teria sido definido. No início da semana, o diretor Metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, afirmou que, para ser efetivo, o rodízio precisaria ser de 5 dias sem abastecimento para 2 dias com água. Segundo o jornal, este seria o formato mais drástico.
O rodízio deve ser anunciado pelo menos um mês antes do início de sua aplicação e deve poupar hospitais, escolas e presídios. 
Uma das alternativas estudadas seria aplicar o rodízio, a princípio, somente nas áreas que são atendidas pelo Cantareira. O Sistema abastece toda a zona norte de São Paulo e alguns bairros nas zonas oeste, leste, sul e centro.
De acordo com o jornal, o formato do rodízio vai depender da quantidade de água que precisará ser economizada enquanto não chega o próximo período chuvoso, que tem início somente em outubro.
O secretário de Recursos Hídricos, Benedito Braga, afirmou que seria preciso aguardar pelas chuvas de fevereiro para saber se o rodízio será necessário. 
De qualquer forma, é bastante provável que o rodízio seja implantado já que, até agora, só choveu 54% do que era esperado para o período, o que agravou ainda mais a situação dos reservatórios do Sistema Cantareira.
Segundo a publicação, qualquer que seja o modelo de racionamento escolhido, é necessário que a Sabesp forneça pelo menos dois dias seguidos de abastecimento, para garantir que os locais mais distantes dos reservatórios recebam água.
Confira a situação diária dos reservatórios que abastecem São Paulo
Drama da água: sinais do colapso a conta- gotas no Sudeste
Região mais rica e populosa do país, o Sudeste enfrenta sua pior crise hídrica em mais de 80 anos. Por aqui, correm cerca de 6% dos recursos hídricos do país, que atendem a mais de 80 milhões de pessoas — nada menos do que 40% da população brasileira.
A seca prolongada já afeta os principais reservatórios da região. Se as chuvas de janeiro não têm ajudado muito, fevereiro tampouco trouxe alívio. Segundo previsões do Climatempo, as chuvas que devem chegar aos reservatórios do Sudeste deverão ficar no máximo em 60 por cento da média histórica.
Com o aprofundamento da crise, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os três maiores estados da região, experimentam situações inéditas de escassez. Espírito Santo também já começa a cambalear, com graves perdas agrícolas.
Confira a seguir o desdobramento da crise em cada estado.
Minas Gerais: A CAIXA D´ÁGUA ESTÁ SECANDO
Conhecida como a caixa-d’água do Brasil, pela vastidão de seus recursos hídricos, Minas Gerais enfrenta sua pior seca em mais de 100 anos. E isso em pleno tradicional período de chuvas. Ao menos 110 cidades mineiras declararam estado de emergência em decorrência da estiagem e duas (Oliveiras e Itapecerica) chegaram a cancelar as folias de carnaval.
Atualmente, o Sistema Paraopeba, que abastece a Região Metropolitana de Belo Horizonte, opera apenas com 30% de capacidade. No mesmo período do ano passado, esse índice era de 78%.
Entre os três reservatórios que compõem o sistema, o quadro mais crítico é o do Sistema de Serra Azul, que está com 5,7% de seu volume, praticamente já operando no volume morto. Já o sistema Vargem das Flores apresenta capacidade atual de 28% e o sistema Rio Manso, 45%.
Divulgação/Prefeitura de Contagem Interior de Minas Gerais: ao menos 110 cidades declararam estado de emergência em decorrência da estiagem histórica.Diante da gravidade do problema, as autoridades mineiras anunciaram medidas emergenciais para conter o consumo de água. A empresa de saneamento básico do Estado de Minas Gerais, Copasa, afirmou que não descarta um racionamento de água no estado ou implementação de multas, caso a população não reduza os gastos.
Para afastar o risco de racionamento, a Copasa lançou uma meta de economia de água de 30%, além de outras medidas, como perfuração de poços artesianos nas regiões mais críticas e contratação de caminhões-pipa. A empresa também se comprometeu a combater as perdas no sistema, que chegam a incríveis 40% na Região Metropolitana de Belo Horizonte, provocadas tanto por vazamentos no percurso entre a distribuição e o consumidor até ligações clandestinas.
Rio de Janeiro CHEGA AO VOLUME MORTO
De forma inédita, o Rio de Janeiro atingiu o chamado volume morto, a reserva que está abaixo da captação feita pela concessionária de água e esgoto. O nível do Paraibuna – o maior dos quatro reservatórios que abastecem o estado fluminense – chegou a zero, pela primeira vez, desde que foi criado, em 1978.
Os outros três reservatórios são o Santa Branca e Jaguari, que ficam em São Paulo, e Funil, em Itatiaia, no Sul Fluminense. Em todos eles, os níveis de água estão abaixo de 4%. A maior parte das represas ficam no estado de São Paulo (que vem sofrendo com a estiagem histórica) e recebem água do rio Paraíba do Sul, que, até recentemente, era alvo de disputa entre os dois estados.
Apesar do quadro crítico, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, tem afastado o risco de racionamento e, por hora, diz que não considera aplicar multas para conter o consumo, como vem acontecendo no estado vizinho. Contudo, durante coletiva com jornalistas o governador pediu à população que colabore, para que não seja preciso adotar medidas drásticas.
Em entrevista para o jornal Bom Dia Rio, naquele mesmo dia, o secretário estadual do Ambiente, André Correia, afirmou que o Sudeste atravessa a maior crise de estiagem de sua história. Ele enfatizou, ainda, que a água é um bem finito e que, diante do quadro de escassez, o abastecimento humano será priorizado. Um sinal de que, se for preciso, o fornecimento para outros fins, como o uso industrial, poderá ser cortado.
“O rio Paraíba do Sul é usado para geração de energia, para irrigação, para abastecimento industrial, então, por exemplo, podemos ter num curto prazo, problemas com empresas que estão na bacia do Guandu, no final da bacia do Guandu, depois de onde a Cedae capta água. Nós podemos chegar num prazo curto e dizer para ela que elas vão ter que parar de operar”, alertou Corrêa.
A falta de água já afeta as operações das indústrias do Rio de Janeiro. Uma pesquisa realizada pela FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) com 487 empresas revela que 30,6% delas já enfrentam problemas por conta do baixo nível nos reservatórios de água. Essas empresas empregam 59.849 trabalhadores, aproximadamente 15% dos empregos industriais fluminenses.
Espírito Santo: R$ 1,390 BILHÃO EM PERDAS NO CAMPO
O Espírito Santo também não está livre da escassez de água. Desde dezembro, o município de Guarapari, famoso por suas praias, vem sofrendo com falta de água. De acordo com a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), a seca nos rios Benevente, Jabuti e Conceição reduziu em 20% a produção de água da cidade.
Transtornos por conta da estiagem são sentidos, com força, no campo. A seca deve provocar prejuízos da ordem de R$ 1,390 bilhão para o setor agropecuário capixaba, segundo estimativa da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Espírito Santo (Seag/ES).
Conforme o levantamento, feito pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), as perdas nas lavouras de café variam de 20% a 32%; na produção de leite entre 23% e 28% e na fruticultura entre 20% e 30%.
São Paulo: VIVE DRAMA DA TORNEIRA SECA
De todos os estados do Sudeste, São Paulo é o que enfrenta a situação mais crítica. O Sistema Cantareira, principal fonte de abastecimento da região, está chegando ao fim da segunda cota do volume morto, que operava, em 5,3%.
Na tentativa de coibir o aumento do consumo, o governador Geraldo Alckmin estuda aumentar mais uma vez a tarifa da água. Também estão em análise outras investidas, como o aumento da multa para quem elevar o consumo de água e o aproveitamento dos recursos da represa Billings.
Na semana passada, pela primeira vez, após quase um ano de crise hídrica, Alckmin admitiu que São Paulo está sofrendo racionamento de água. Apesar disso, ainda faltam informações claras para que a população possa se preparar.
Somente após determinação do órgão regulador é que a Sabesp divulgou a lista de bairros sob risco de falta d´água, ocasionada pela redução da pressão na rede, uma prática recorrente adotada pela concessionária para diminuir as perdas de água na Região Metropolitana. 
Segundo estudo realizado pela Rede Nossa São Paulo e pela Fecomercio, 68% dos moradores da cidade de São Paulo já enfrentaram problemas de abastecimento nos últimos 30 dias, e 82% acham que a cidade corre grande risco de ficar sem água.
Se não chover em fevereiro, SP terá corte de água histórico
Um rodízio no qual a população fica cinco dias da semana sem água seria o racionamento oficial mais drástico já adotado na Grande São Paulo.
A medida foi admitida pelo diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, caso a seca nos mananciais continue crítica.
Se colocada em prática, os cerca de 20 milhões de moradores da região metropolitana sofreriam com longos cortes no abastecimento que só existiam antes da conclusão da primeira etapa do Cantareira, em 1974.
O secretário de Recursos Hídricos, Benedito Braga, enfatizou que a situação "é difícil", mas "não há necessidade para ficar em desespero".
"Se isso (o rodízio) vier a acontecer, todo mundo será informado com a devida antecedência. Não é da noite para o dia", disse, após encontro com prefeitos da Grande São Paulo.
Braga ressaltou que a previsão meteorológica hoje "é difícil" e será preciso aguardar pelas chuvas de fevereiro para saber se a medida será necessária.
Histórico
Até o início da década de 1970, sem os 11 mil litros por segundo que passaram a ser produzidos pelo Cantareira, a parte leste da Grande São Paulo chegava a ficar dias sem água, aguardando por abastecimento com poços e caminhões-pipa.
Àquela época, a região metropolitana tinha cerca de 8 milhões de pessoas, ou seja, menos da metade dos mais de 20 milhões atuais.
Nem a conclusão completa do Sistema Cantareira, em 1982, que elevou a capacidade de produção de água do manancial para 33 mil litros por segundo, foi suficiente para que 100% da região tivesse acesso a água tratada.
O fim do racionamento contínuo, que afetava principalmente a zona leste da capital, só foi decretado em 1998 pelo ex-governador Mário Covas (PSDB), após a conclusão do Sistema Alto Tietê, cujas represas ficam na região de Suzano e Salesópolis.
Dois anos depois, a falta de chuvas fez cerca de 3 milhões de pessoas abastecidas pelo Guarapiranga na zona sul viverem durante três meses com água racionada.
Na ocasião, o rodízio adotado foi de dois dias com água e um dia sem. A medida terminou em setembro de 2000.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Acompanhe diariamente como está a situação dos reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo na ferramenta de EXAME.com.
Confira a situação diária dos reservatórios que abastecem São Paulo
Rodízio de 24H, proposto há 1 ano, economizaria 12,3% de água
Descartado pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) no início da crise hídrica, o plano de rodízio proposto há um ano pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), de 48 horas com água e 24 horas sem apenas para as regiões abastecidas pelo Sistema Cantareira, poderia ter resultado em uma economia de 120 bilhões de litros em 2014.
A quantidade equivale a 12,3% da capacidade do manancial e supera a segunda cota do volume morto (105 bilhões de litros), que está sendo retirada pela empresa desde outubro.
O plano "Rodízio do Sistema Cantareira 2014", revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em agosto, foi entregue em janeiro pela Sabesp ao Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), um dos órgãos reguladores do manancial.
No documento, a companhia afirma que "o rodízio deve ser planejado em face da situação crítica de armazenamento nos mananciais" e previa uma economia de 4,2 mil litros por segundo na retirada do sistema, que resultariam em 120 bilhões de litros entre fevereiro e dezembro.
À época da revelação do plano, Alckmin disse que o rodízio "é tecnicamente inadequado" e o pacote de medidas adotadas pelo governo até então (redução da pressão da água, bônus na conta e transferência entre sistemas) "equivale a um racionamento de 36 horas com água e 72 horas sem".
Já a Sabesp informou que o plano foi feito antes da crise, para o processo de renovação da outorga do Cantareira, que ocorreria em agosto passado e foi adiada.
Queda
Nenhuma das medidas adotadas pela Sabesp, porém, foi suficiente para estancar a queda do Cantareira, que tinha 23% da capacidade no início da crise e hoje opera com 23% negativos.
As chuvas esperadas pelo governo para esse verão não vieram e, agora, a Sabesp admite a possibilidade de adotar um "rodízio drástico" de apenas dois dias com água e cinco sem.
A medida pode ser tomada caso a companhia seja obrigada a reduzir a retirada do Cantareira para 10 mil ou 12 mil litros por segundo. Em janeiro, o índice é de 14,7 mil litros, ante 29 mil litros por segundo antes da crise.
Em nota, a Sabesp informou ontem que “as medidas adotadas pela companhia desde o início da crise garantiram uma redução no consumo de água na região do Cantareira muito superior aos 4,2 mil litros por segundo previstos no rodízio”.
Segundo a empresa, neste mês, a redução da pressão (7,2 mil l/s) e o bônus (3,2 mil l/s) resultaram em uma diminuição de 10,4 mil litros por segundo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Acompanhe diariamente como está a situação dos reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo na ferramenta de EXAME.com.
Os bairros mais afetados pela redução de água em São Paulo
Moradores de quinze bairros da capital paulista têm a pressão da água reduzida durante 18 horas todos os dias, de acordo com informações da Sabesp. Nessas residências, a pressão diminui à tarde, e só volta ao normal na manhã do dia seguinte.
Com a redução, moradores podem ficar sem água na torneira.
A diminuição da pressão da água tem sido utilizada pela companhia para enfrentar a crise hídrica que afeta a região metropolitana. Desde ontem, a Sabesp informa em seu site os horários em que cada bairro é afetado pela medida.
Levantamento feito por EXAME.com mostra que dentre os bairros mais prejudicados estão Aricanduva, Butantã, Imirim e São Mateus. Todos os dias, esses moradores ficam das 13h às 7h com abastecimento reduzido (18 horas).
A grande maioria das regiões fica ao menos 12 horas com menos pressão na água. O bairro com o menor período de redução é São Miguel Paulista, afetado das 17h às 0h (7 horas). A única região que não sofre redução é a do Parque Anhanguera.
Segundo a Sabesp, a diferença de horários de uma região para outra “se deve às características topográficas, tamanho da população e característica da tubulação enterrada do local”.
Veja na tabela a seguir o período em que cada bairro tem a pressão da água reduzida. Para mais informações sobre a redução, acesse o site da Sabesp. (abril)
Região
Horários com menos pressão
Tempo com menos pressão no dia
Aricanduva
13h às 7h
18 horas
Butantã
13h às 7h
18 horas
Cidade Tiradentes
13h às 7h
18 horas
Cidade Universitária
13h às 7h
18 horas
Imirim
13h às 7h
18 horas
Ipiranga
13h às 7h
18 horas
Jd. Conquista
13h às 7h
18 horas
Penha
13h às 7h
18 horas
Raposo Tavares
13h às 7h
18 horas
Sacomã
13h às 7h
18 horas
Santa Etelvina
13h às 7h
18 horas
São Mateus
13h às 7h
18 horas
Sapopemba
13h às 7h
18 horas
Vila Matilde
13h às 7h
18 horas
Vila Sônia
13h às 7h
18 horas
Centro
13h às 6h30
17 horas e 30 min.
Bom Retiro
13h às 6h
17 horas
Brás
13h às 6h
17 horas
Cambuci
13h às 6h
17 horas
Carrão
13h às 6h
17 horas
Freguesia
13h às 6h
17 horas
Lapa
13h às 6h
17 horas
Parí
13h às 6h
17 horas
Perdizes
13h às 6h
17 horas
Pinheiros
13h às 6
17 horas
Vila Brasilândia
13h às 6h
17 horas
Vila Mariana
13h às 6h
17 horas
Aeroporto
13h às 5h30
16 horas e 30 min.
Jabaquara
13h às 5h30
16 horas e 30 min.
Moema
13h às 5h30
16 horas e 30 min.
Saúde
13h às 5h30
16 horas e 30 min.
Vila Alpina
13h às 5h30
16 horas e 30 min.
Belém
13h às 5h
16 horas
Edu Chaves
13h às 5h
16 horas
Itaquera
15h às 7h
16 horas
Jd. Brasil
13h às 5h
16 horas
Mooca
13h às 5h
16 horas
Morumbi
13h às 5h
16 horas
Santana
13h às 5h
16 horas
Sumaré
13h àsh 5h
16 horas
Tatuapé
13h às 5h
16 horas
Tucuruvi
13h às 5h
16 horas
Vila Nova Cachoeirinha
13h às 5h
16 horas
Vila Romana
13h às 5h
16 horas
Vila Formosa
13h às 4h30
15 horas e 30 min
Americanópolis
17h às 8h
15 horas
Artur Alvim
13h às 4h
15 horas
Campo Belo
17h às 8h
15 horas
Cangaíba
13h às 4h
15 horas
Casa Verde
13h às 4h
15 horas
Chácara Flora
17h às 8h
15 horas
Cidade Líder
13 às 4h
15 horas
Cursino
13h às 4h
15 horas
Ermelino Matarazzo
13h às 4h
15 horas
Horto
13h às 4h
15 horas
Jaraguá
13h às 4h
15 horas
Jd. América
16h às 7h
15 horas
Jd. Popular
13h às 4h
15 horas
Mirante
13h às 4h
15 horas
Perus
13h às 4h
15 horas
Pirajussara
13h às 4h
15 horas
Pirituba
13h às 4h
15 horas
Pq Carmo
13h às 4h
15 horas
Vila do Encontro
17h às 8h
15 horas
Vila Jaguara
13h às 4h
15 horas
Vila Maria
13h às 4h
15 horas
Vila Medeiros
13h às 4h
15 horas
Brooklin
17h às 7h
14 horas
Itaim
17h às 7h
14 horas
Jaguaré
13h às 3h
14 horas
Paulista
17h às 7h
14 horas
Pq Cantareira
16h às 6h
14 horas
Santo Amaro
17h às 7h
14 horas
Guaianases
15h às 4h
13 horas
Itaim Paulista
15h às 4h
13 horas
Santa Terezinha
16h às 5h
13 horas
Colônia
20h às 8h
12 horas
Grajaú
20h às 8h
12 horas
Interlagos
20h às 8h
12 horas
Jd. Das Fontes
20h às 8h
12 horas
Parelheiros
20h às 8h
12 horas
Jd. Angela
18h às 5h
11 horas
Jd. São Luiz
18h às 5h
11 horas
Tremembé
19h às 4h
9 horas
Jd. São Pedro
21h às 5h30
8 horas e 30 min.
São Miguel Paulista
17h à 0h
7 horas
Pq. Anhanguera
não reduz
não reduz

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