O que vai acontecer se São Paulo ficar realmente
sem água?
A crise da água em São Paulo está se agravando e o cenário
não deve melhorar nos próximos meses. Especialistas consultados por EXAME.com
afirmam que as soluções de curto prazo existentes já foram tomadas e o que nos
resta agora é o rodízio de abastecimento. A Sabesp já cogita um revezamento
severo, de cinco dias sem água por semana. Com isso, a pergunta que todo
paulistano se faz é: o que vai acontecer se ficarmos realmente sem água?
Os cenários traçados vão desde o esgotamento dos nossos lençóis
freáticos, devido à perfuração excessiva de poços, até a redução do horário de
funcionamento de alguns estabelecimentos, além da instituição de férias
coletivas nas empresas em decorrência da falta de água. Dentro de casa,
estocagem de água e economia de alimentos.
O fato é que a atual crise veio para ficar, e os paulistas
precisarão mudar os hábitos radicalmente, segundo Gabriela Yamaguchi, gerente
de campanhas do Instituto Akatu, instituição que atua na promoção do consumo
consciente.
“Esse cenário não vai ficar só em 2015. Devemos permanecer
pelo menos dois anos com pouca chuva. Portanto, a situação dos reservatórios
não vai melhorar no curto prazo”, afirma Gabriela.
O engenheiro Julio Cerqueira Cesar Neto, especialista na área
hídrica, reforça o diagnóstico: “Quando acabar o volume morto do Cantareira
deixaremos de ter cerca de 30 m3 por segundo. Esse é o tamanho do
problema. E não tem de onde tirar esse volume de água num curto prazo”, afirma.
Antes da crise, a vazão retirada do Cantareira era de 31 m3 por
segundo. Hoje, esse número já baixou para 14, de acordo com a Sabesp.
Caso esse cenário se concretize, Gabriela afirma que a
prioridade será dada para serviços essenciais, como hospitais, polícia,
bombeiros e escolas. “Em outros locais, como shoppings, é possível que haja uma
redução do horário de funcionamento. Também já ouvimos entidades empresariais
falarem em férias coletivas para os funcionários, devido à falta d’água”,
afirma.
No entanto, a representante do Akatu argumenta que esse tipo
de situação ainda pode ser evitado. A solução estaria estar na articulação dos
diversos atores sociais para garantir a economia de água.
“Para que não se chegue a isso, é preciso ter mais
coordenação no diálogo. Não é possível esperar que só uma campanha de diminuição
de consumo da população resolva o problema. Precisamos da participação do setor
industrial e do agronegócio”, afirma.
Poços
Enquanto essa coordenação não se concretiza, muitos
estabelecimentos já estão recorrendo à perfuração de poços e, em casos extremos,
à contratação de caminhões-pipa.
Mas os especialistas explicam que a perfuração não pode ser
levada ao extremo. “Se perfurar um poço muito próximo de outro, os dois podem
ficar sem água”, diz Cesar Neto.
Outro problema é a possibilidade de que, com muitos poços, a
cidade esgote outra fonte de recursos hídricos: os lençóis freáticos. “Com a
perfuração de poços, o que estamos fazendo é apenas substituir uma fonte de
água por outra. O raciocínio precisa ser diferente. Precisamos mudar nossos
hábitos em relação ao consumo”, diz Gabriela.
Um dos caminhos para um uso mais consciente da água, segundo
a especialista, é o reuso. A água usada no enxague da máquina de lavar, por
exemplo, pode ser reutilizada na descarga. Outra atitude necessária é o
aproveitamento da água da chuva, inclusive com a construção de cisternas.
Outro ponto fundamental é observar nosso consumo de produtos
que utilizam muita água em sua cadeia produtiva. “O exemplo clássico é o
desperdício de alimentos. O maior consumidor de água do mundo é o agronegócio.
E o maior desperdício que há no planeta é o de alimentos. Isso precisa
diminuir”, afirma.
De acordo com a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o prazo
dado pela Sabesp para iniciar um rodízio drástico no abastecimento é de menos
de dois meses. Sendo assim, é preciso correr para aprender a economizar água e
a trabalhar em conjunto pela preservação dos recursos hídricos.
Acompanhe diariamente como está a situação dos reservatórios
que abastecem a região metropolitana de São Paulo na ferramenta
de EXAME.com.
Veja como a redução da
água afeta 10 bairros de SP
Rodízio de água em SP
começaria em abril/15
O rodízio de
água na Grande São Paulo começaria até a primeira quinzena de abril. Segundo
reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o governador Geraldo
Alckmin estaria discutindo com a Sabesp que as restrições no abastecimento
de água na região comecem justamente com o fim do período chuvoso. A
expectativa é de que, até lá, a segunda cota do volume morto do Sistema
Cantareira também termine.
O modelo,
contudo, ainda não teria sido definido. No início da semana, o diretor
Metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, afirmou que, para ser efetivo, o rodízio
precisaria ser de 5 dias sem abastecimento para 2 dias com água. Segundo o
jornal, este seria o formato mais drástico.
O rodízio
deve ser anunciado pelo menos um mês antes do início de sua aplicação e deve
poupar hospitais, escolas e presídios.
Uma das
alternativas estudadas seria aplicar o rodízio, a princípio, somente nas áreas
que são atendidas pelo Cantareira. O Sistema abastece toda a zona norte de São
Paulo e alguns bairros nas zonas oeste, leste, sul e centro.
De acordo
com o jornal, o formato do rodízio vai depender da quantidade de água que
precisará ser economizada enquanto não chega o próximo período chuvoso, que tem
início somente em outubro.
O secretário
de Recursos Hídricos, Benedito Braga, afirmou que seria preciso aguardar pelas
chuvas de fevereiro para saber se o rodízio será necessário.
De qualquer
forma, é bastante provável que o rodízio seja implantado já que, até agora, só
choveu 54% do que era esperado para o período, o que agravou ainda mais a
situação dos reservatórios do Sistema Cantareira.
Segundo a
publicação, qualquer que seja o modelo de racionamento escolhido, é necessário
que a Sabesp forneça pelo menos dois dias seguidos de abastecimento, para
garantir que os locais mais distantes dos reservatórios recebam água.
Confira a situação diária dos reservatórios que
abastecem São Paulo
Drama da água: sinais do
colapso a conta- gotas no Sudeste
Região mais
rica e populosa do país, o Sudeste enfrenta sua pior crise hídrica em mais de
80 anos. Por aqui, correm cerca de 6% dos recursos hídricos do país, que
atendem a mais de 80 milhões de pessoas — nada menos do que 40% da população
brasileira.
A seca
prolongada já afeta os principais reservatórios da região. Se as chuvas de
janeiro não têm ajudado muito, fevereiro tampouco trouxe alívio. Segundo
previsões do Climatempo, as chuvas que devem chegar aos reservatórios do
Sudeste deverão ficar no máximo em 60 por cento da média histórica.
Com o
aprofundamento da crise, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os três
maiores estados da região, experimentam situações inéditas de escassez.
Espírito Santo também já começa a cambalear, com graves perdas agrícolas.
Confira a
seguir o desdobramento da crise em cada estado.
Minas
Gerais: A CAIXA D´ÁGUA ESTÁ SECANDO
Conhecida
como a caixa-d’água do Brasil, pela vastidão de seus recursos hídricos, Minas
Gerais enfrenta sua pior seca em mais de 100 anos. E isso em pleno tradicional
período de chuvas. Ao menos 110 cidades mineiras declararam estado de
emergência em decorrência da estiagem e duas (Oliveiras e Itapecerica) chegaram
a cancelar as folias de carnaval.
Atualmente,
o Sistema Paraopeba, que abastece a Região Metropolitana de Belo Horizonte,
opera apenas com 30% de capacidade. No mesmo período do ano passado, esse
índice era de 78%.
Entre os
três reservatórios que compõem o sistema, o quadro mais crítico é o do Sistema
de Serra Azul, que está com 5,7% de seu volume, praticamente já operando no
volume morto. Já o sistema Vargem das Flores apresenta capacidade atual de 28%
e o sistema Rio Manso, 45%.
Diante da
gravidade do problema, as autoridades mineiras anunciaram medidas emergenciais
para conter o consumo de água. A empresa de saneamento básico do Estado de Minas Gerais,
Copasa, afirmou que não descarta um racionamento de água no estado ou implementação
de multas, caso a população não reduza os gastos.
Para afastar
o risco de racionamento, a Copasa lançou uma meta de economia de água de 30%,
além de outras medidas, como perfuração de poços artesianos nas regiões mais
críticas e contratação de caminhões-pipa. A empresa também se comprometeu a
combater as perdas no sistema, que chegam a incríveis 40% na Região
Metropolitana de Belo Horizonte, provocadas tanto por vazamentos no percurso
entre a distribuição e o consumidor até ligações clandestinas.
Rio de
Janeiro CHEGA AO VOLUME MORTO
De forma
inédita, o Rio de Janeiro atingiu o chamado volume morto, a reserva que está
abaixo da captação feita pela concessionária de água e esgoto. O nível do
Paraibuna – o maior dos quatro reservatórios que abastecem o estado fluminense
– chegou a zero, pela primeira vez, desde que foi criado, em 1978.
Os outros
três reservatórios são o Santa Branca e Jaguari, que ficam em São Paulo, e
Funil, em Itatiaia, no Sul Fluminense. Em todos eles, os níveis de água estão
abaixo de 4%. A maior parte das represas ficam no estado de São Paulo (que vem
sofrendo com a estiagem histórica) e recebem água do rio Paraíba do Sul, que,
até recentemente, era alvo de disputa entre os dois estados.
Apesar do
quadro crítico, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, tem
afastado o risco de racionamento e, por hora, diz que não considera aplicar
multas para conter o consumo, como vem acontecendo no estado vizinho. Contudo,
durante coletiva com jornalistas o governador pediu à população que colabore, para que não
seja preciso adotar medidas drásticas.
Em
entrevista para o jornal Bom Dia Rio, naquele mesmo dia, o secretário
estadual do Ambiente, André Correia, afirmou que o Sudeste atravessa a maior
crise de estiagem de sua história. Ele enfatizou, ainda, que a água é um bem
finito e que, diante do quadro de escassez, o abastecimento humano será
priorizado. Um sinal de que, se for preciso, o fornecimento para outros fins,
como o uso industrial, poderá ser cortado.
“O rio
Paraíba do Sul é usado para geração de energia, para irrigação, para
abastecimento industrial, então, por exemplo, podemos ter num curto prazo,
problemas com empresas que estão na bacia do Guandu, no final da bacia do
Guandu, depois de onde a Cedae capta água. Nós podemos chegar num prazo curto e
dizer para ela que elas vão ter que parar de operar”, alertou Corrêa.
A falta de
água já afeta as operações das indústrias do Rio de Janeiro. Uma pesquisa
realizada pela FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro)
com 487 empresas revela que 30,6% delas já enfrentam problemas por conta do
baixo nível nos reservatórios de água. Essas empresas empregam 59.849
trabalhadores, aproximadamente 15% dos empregos industriais fluminenses.
Espírito
Santo: R$ 1,390 BILHÃO EM PERDAS NO CAMPO
O Espírito
Santo também não está livre da escassez de água. Desde dezembro, o município de
Guarapari, famoso por suas praias, vem sofrendo com falta de água. De acordo
com a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), a seca nos rios
Benevente, Jabuti e Conceição reduziu em 20% a produção de água da cidade.
Transtornos
por conta da estiagem são sentidos, com força, no campo. A seca deve provocar
prejuízos da ordem de R$ 1,390 bilhão para o setor agropecuário capixaba,
segundo estimativa da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento,
Aquicultura e Pesca do Espírito Santo (Seag/ES).
Conforme o
levantamento, feito pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e
Extensão Rural (Incaper), as perdas nas lavouras de café variam de 20% a 32%;
na produção de leite entre 23% e 28% e na fruticultura entre 20% e 30%.
São Paulo:
VIVE DRAMA DA TORNEIRA SECA
De todos os
estados do Sudeste, São Paulo é o que enfrenta a situação mais crítica. O
Sistema Cantareira, principal fonte de abastecimento da região, está chegando
ao fim da segunda cota do volume morto, que operava, em 5,3%.
Na tentativa
de coibir o aumento do consumo, o governador Geraldo Alckmin estuda aumentar
mais uma vez a tarifa da água. Também estão em análise outras investidas, como
o aumento da multa para quem elevar o consumo de água e o aproveitamento dos
recursos da represa Billings.
Na semana
passada, pela primeira vez, após quase um ano de crise hídrica, Alckmin admitiu
que São Paulo está sofrendo racionamento de água. Apesar disso, ainda faltam
informações claras para que a população possa se preparar.
Somente após
determinação do órgão regulador é que a Sabesp divulgou a lista de bairros sob
risco de falta d´água, ocasionada pela redução da pressão na rede, uma prática
recorrente adotada pela concessionária para diminuir as perdas de água na
Região Metropolitana.
Segundo
estudo realizado pela Rede Nossa São Paulo e pela Fecomercio, 68% dos moradores
da cidade de São Paulo já enfrentaram problemas de abastecimento nos últimos 30
dias, e 82% acham que a cidade corre grande risco de ficar sem água.
Se não
chover em fevereiro, SP terá corte de água histórico
Um rodízio
no qual a população fica cinco dias da semana sem água seria o racionamento
oficial mais drástico já adotado na Grande São Paulo.
A medida foi
admitida pelo diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, caso a seca nos
mananciais continue crítica.
Se colocada
em prática, os cerca de 20 milhões de moradores da região metropolitana
sofreriam com longos cortes no abastecimento que só existiam antes da conclusão
da primeira etapa do Cantareira, em 1974.
O secretário
de Recursos Hídricos, Benedito Braga, enfatizou que a situação "é
difícil", mas "não há necessidade para ficar em desespero".
"Se
isso (o rodízio) vier a acontecer, todo mundo será informado com a devida
antecedência. Não é da noite para o dia", disse, após encontro com
prefeitos da Grande São Paulo.
Braga
ressaltou que a previsão meteorológica hoje "é difícil" e será
preciso aguardar pelas chuvas de fevereiro para saber se a medida será
necessária.
Histórico
Até o início
da década de 1970, sem os 11 mil litros por segundo que passaram a ser
produzidos pelo Cantareira, a parte leste da Grande São Paulo chegava a ficar
dias sem água, aguardando por abastecimento com poços e caminhões-pipa.
Àquela
época, a região metropolitana tinha cerca de 8 milhões de pessoas, ou seja,
menos da metade dos mais de 20 milhões atuais.
Nem a
conclusão completa do Sistema Cantareira, em 1982, que elevou a capacidade de
produção de água do manancial para 33 mil litros por segundo, foi suficiente
para que 100% da região tivesse acesso a água tratada.
O fim do
racionamento contínuo, que afetava principalmente a zona leste da capital, só
foi decretado em 1998 pelo ex-governador Mário Covas (PSDB), após a conclusão
do Sistema Alto Tietê, cujas represas ficam na região de Suzano e Salesópolis.
Dois anos
depois, a falta de chuvas fez cerca de 3 milhões de pessoas abastecidas pelo
Guarapiranga na zona sul viverem durante três meses com água racionada.
Na ocasião,
o rodízio adotado foi de dois dias com água e um dia sem. A medida terminou em
setembro de 2000.
As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Acompanhe
diariamente como está a situação dos reservatórios que abastecem a região
metropolitana de São Paulo na ferramenta de EXAME.com.
Confira a situação diária dos reservatórios que
abastecem São Paulo
Rodízio de 24H, proposto há 1 ano, economizaria 12,3%
de água
Descartado
pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) no início da crise hídrica, o plano de
rodízio proposto há um ano pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo (Sabesp), de 48 horas com água e 24 horas sem apenas para as regiões
abastecidas pelo Sistema Cantareira, poderia ter resultado em uma economia de
120 bilhões de litros em 2014.
A quantidade
equivale a 12,3% da capacidade do manancial e supera a segunda cota do volume
morto (105 bilhões de litros), que está sendo retirada pela empresa desde
outubro.
O plano
"Rodízio do Sistema Cantareira 2014", revelado pelo jornal O Estado
de S. Paulo em agosto, foi entregue em janeiro pela Sabesp ao Departamento de
Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), um dos órgãos reguladores do
manancial.
No
documento, a companhia afirma que "o rodízio deve ser planejado em face da
situação crítica de armazenamento nos mananciais" e previa uma economia de
4,2 mil litros por segundo na retirada do sistema, que resultariam em 120
bilhões de litros entre fevereiro e dezembro.
À época da
revelação do plano, Alckmin disse que o rodízio "é tecnicamente
inadequado" e o pacote de medidas adotadas pelo governo até então (redução
da pressão da água, bônus na conta e transferência entre sistemas)
"equivale a um racionamento de 36 horas com água e 72 horas sem".
Já a Sabesp
informou que o plano foi feito antes da crise, para o processo de renovação da
outorga do Cantareira, que ocorreria em agosto passado e foi adiada.
Queda
Nenhuma das
medidas adotadas pela Sabesp, porém, foi suficiente para estancar a queda do
Cantareira, que tinha 23% da capacidade no início da crise e hoje opera com 23%
negativos.
As chuvas
esperadas pelo governo para esse verão não vieram e, agora, a Sabesp admite a
possibilidade de adotar um "rodízio drástico" de apenas dois dias com
água e cinco sem.
A medida
pode ser tomada caso a companhia seja obrigada a reduzir a retirada do
Cantareira para 10 mil ou 12 mil litros por segundo. Em janeiro, o índice é de
14,7 mil litros, ante 29 mil litros por segundo antes da crise.
Em nota, a
Sabesp informou ontem que “as medidas adotadas pela companhia desde o início da crise garantiram
uma redução no consumo de água na região do Cantareira muito superior aos 4,2
mil litros por segundo previstos no rodízio”.
Segundo a
empresa, neste mês, a redução da pressão (7,2 mil l/s) e o bônus (3,2 mil l/s)
resultaram em uma diminuição de 10,4 mil litros por segundo.
As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Acompanhe
diariamente como está a situação dos reservatórios que abastecem a região
metropolitana de São Paulo na ferramenta de
EXAME.com.
Os bairros mais afetados
pela redução de água em São Paulo
Moradores de
quinze bairros da capital paulista têm a pressão da água reduzida durante 18
horas todos os dias, de acordo com informações da Sabesp. Nessas residências, a
pressão diminui à tarde, e só volta ao normal na manhã do dia seguinte.
Com a
redução, moradores podem ficar sem água na torneira.
A diminuição
da pressão da água tem sido utilizada pela companhia para enfrentar a crise
hídrica que afeta a região metropolitana. Desde ontem, a Sabesp informa em seu site os horários em que cada bairro
é afetado pela medida.
Levantamento
feito por EXAME.com mostra que dentre os bairros mais prejudicados estão
Aricanduva, Butantã, Imirim e São Mateus. Todos os dias, esses moradores ficam
das 13h às 7h com abastecimento reduzido (18 horas).
A grande
maioria das regiões fica ao menos 12 horas com menos pressão na água. O bairro
com o menor período de redução é São Miguel Paulista, afetado das 17h às 0h (7
horas). A única região que não sofre redução é a do Parque Anhanguera.
Segundo a
Sabesp, a diferença de horários de uma região para outra “se deve às
características topográficas, tamanho da população e característica da
tubulação enterrada do local”.
Veja na
tabela a seguir o período em que cada bairro tem a pressão da água reduzida.
Para mais informações sobre a redução, acesse o site da Sabesp. (abril)
Região
|
Horários com menos pressão
|
Tempo com menos pressão no dia
|
Aricanduva
|
13h às 7h
|
18 horas
|
Butantã
|
13h às 7h
|
18 horas
|
Cidade Tiradentes
|
13h às 7h
|
18 horas
|
Cidade Universitária
|
13h às 7h
|
18 horas
|
Imirim
|
13h às 7h
|
18 horas
|
Ipiranga
|
13h às 7h
|
18 horas
|
Jd. Conquista
|
13h às 7h
|
18 horas
|
Penha
|
13h às 7h
|
18 horas
|
Raposo Tavares
|
13h às 7h
|
18 horas
|
Sacomã
|
13h às 7h
|
18 horas
|
Santa Etelvina
|
13h às 7h
|
18 horas
|
São Mateus
|
13h às 7h
|
18 horas
|
Sapopemba
|
13h às 7h
|
18 horas
|
Vila Matilde
|
13h às 7h
|
18 horas
|
Vila Sônia
|
13h às 7h
|
18 horas
|
Centro
|
13h às 6h30
|
17 horas e 30 min.
|
Bom Retiro
|
13h às 6h
|
17 horas
|
Brás
|
13h às 6h
|
17 horas
|
Cambuci
|
13h às 6h
|
17 horas
|
Carrão
|
13h às 6h
|
17 horas
|
Freguesia
|
13h às 6h
|
17 horas
|
Lapa
|
13h às 6h
|
17 horas
|
Parí
|
13h às 6h
|
17 horas
|
Perdizes
|
13h às 6h
|
17 horas
|
Pinheiros
|
13h às 6
|
17 horas
|
Vila Brasilândia
|
13h às 6h
|
17 horas
|
Vila Mariana
|
13h às 6h
|
17 horas
|
Aeroporto
|
13h às 5h30
|
16 horas e 30 min.
|
Jabaquara
|
13h às 5h30
|
16 horas e 30 min.
|
Moema
|
13h às 5h30
|
16 horas e 30 min.
|
Saúde
|
13h às 5h30
|
16 horas e 30 min.
|
Vila Alpina
|
13h às 5h30
|
16 horas e 30 min.
|
Belém
|
13h às 5h
|
16 horas
|
Edu Chaves
|
13h às 5h
|
16 horas
|
Itaquera
|
15h às 7h
|
16 horas
|
Jd. Brasil
|
13h às 5h
|
16 horas
|
Mooca
|
13h às 5h
|
16 horas
|
Morumbi
|
13h às 5h
|
16 horas
|
Santana
|
13h às 5h
|
16 horas
|
Sumaré
|
13h àsh 5h
|
16 horas
|
Tatuapé
|
13h às 5h
|
16 horas
|
Tucuruvi
|
13h às 5h
|
16 horas
|
Vila Nova Cachoeirinha
|
13h às 5h
|
16 horas
|
Vila Romana
|
13h às 5h
|
16 horas
|
Vila Formosa
|
13h às 4h30
|
15 horas e 30 min
|
Americanópolis
|
17h às 8h
|
15 horas
|
Artur Alvim
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Campo Belo
|
17h às 8h
|
15 horas
|
Cangaíba
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Casa Verde
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Chácara Flora
|
17h às 8h
|
15 horas
|
Cidade Líder
|
13 às 4h
|
15 horas
|
Cursino
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Ermelino Matarazzo
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Horto
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Jaraguá
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Jd. América
|
16h às 7h
|
15 horas
|
Jd. Popular
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Mirante
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Perus
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Pirajussara
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Pirituba
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Pq Carmo
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Vila do Encontro
|
17h às 8h
|
15 horas
|
Vila Jaguara
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Vila Maria
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Vila Medeiros
|
13h às 4h
|
15 horas
|
Brooklin
|
17h às 7h
|
14 horas
|
Itaim
|
17h às 7h
|
14 horas
|
Jaguaré
|
13h às 3h
|
14 horas
|
Paulista
|
17h às 7h
|
14 horas
|
Pq Cantareira
|
16h às 6h
|
14 horas
|
Santo Amaro
|
17h às 7h
|
14 horas
|
Guaianases
|
15h às 4h
|
13 horas
|
Itaim Paulista
|
15h às 4h
|
13 horas
|
Santa Terezinha
|
16h às 5h
|
13 horas
|
Colônia
|
20h às 8h
|
12 horas
|
Grajaú
|
20h às 8h
|
12 horas
|
Interlagos
|
20h às 8h
|
12 horas
|
Jd. Das Fontes
|
20h às 8h
|
12 horas
|
Parelheiros
|
20h às 8h
|
12 horas
|
Jd. Angela
|
18h às 5h
|
11 horas
|
Jd. São Luiz
|
18h às 5h
|
11 horas
|
Tremembé
|
19h às 4h
|
9 horas
|
Jd. São Pedro
|
21h às 5h30
|
8 horas e 30 min.
|
São Miguel Paulista
|
17h à 0h
|
7 horas
|
Pq. Anhanguera
|
não reduz
|
não reduz
|
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