sábado, 15 de agosto de 2015

2 séculos de crescimento econômico e populacional no Brasil

Dois séculos de crescimento da economia e da população no Brasil: 1820-2020
O Brasil apresentou um grande crescimento demoeconômico entre 1820 e 2020 (considerando as projeções entre 2015 e 2020). A população brasileira era de 4,5 milhões de habitantes em 1820 e passou para 9,9 milhões em 1872, para 17,4 milhões em 1900, para 51,9 milhões em 1950, chegou a 191 milhões em 2010 e deve atingir 212 milhões em 2020, segundo dados e projeções do IBGE.
Mas o crescimento econômico foi ainda maior. Em duzentos anos houve um crescimento de 47 vezes da população e de 912 vezes no PIB. Como resultado a renda per capita cresceu quase 20 vezes nos dois séculos entre 1820 e 2020
A população brasileira cresceu em torno de 1,5% ao ano entre 1820 e 1870, aumentou para 2% ao ano entre 1870 e 1900, chegou a 2,8% entre 1900 e 1920, reduziu um pouco no período entre guerras, apresentou as maiores taxas anuais, de quase 3%, entre 1940 e 1970 e a partir desta data vem crescendo a taxas declinantes, devendo chegar à estabilidade na década de 2030 e depois deve decrescer. O PIB cresceu pouco acima do ritmo demográfico entre 1820 e 1920, mas aumentou o ritmo nos 60 anos seguintes. Depois de 1980 as taxas de crescimento econômico voltaram a apresentar baixo desempenho. Há quem diga que o Brasil vai entrar em um processo de estagnação econômica. Mas a PwC consultoria, coloca o Brasil como a sétima economia do mundo em 2014, a sexta em 2030 e a quinta economia do mundo em 2050, conforme a tabela abaixo.
O otimismo da PwC não é compartilhado por outras instituições que consideram que a desvalorização cambial e a crise de 2015 estão puxando o Brasil para um valor abaixo da França e do Reio Unido e pode até ser ultrapassado pela Indonésia se não conseguir retomar taxas de crescimento mais elevadas. Para muitos analistas será muito difícil o Brasil ficar entre as 5 maiores economias do mundo. O mais provável é que fique entre as 10 maiores economias, caso caia na “armadilha da renda média”. Como veremos em um próximo artigo, as tendências atuais apontam para uma situação diferente dos últimos dois séculos. O futuro aponta para um apequenamento da economia brasileira, com uma tendência para a submergência.
No ritmo da primeira metade da segunda década do século XXI, será difícil para o Brasil manter as conquistas sociais. Os próximos 200 anos não serão iguais aos últimos 200 anos. E as mudanças poderão vir para pior. (ecodebate)

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