sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Cantareira tem 1ª alta em mais de 40 dias após chuva forte

Cantareira tem primeira alta em 44 dias após chuva forte em SP
Reservatório teve elevação significativa após temporais de 08/09/15.
Todas as represas que abastecem a Grande SP ganharam volume.
A chuva forte que atingiu a capital e outras regiões do Estado de São Paulo em 08/09 fez o volume do Sistema Cantareira subir pela primeira vez em 44 dias, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
O nível do conjunto de represas passou de 15% dia 08/09 para 15,4% em 09/09, alta significativa.
A última elevação no sistema havia ocorrido no dia 27 de julho. A alta desta quarta é apenas a terceira verificada durante o inverno, estação mais seca do ano.
Entre 9h de 08 às 9h de 09/09, o manancial recebeu 48,5 mm de chuva, 56% do previsto para todo o mês. Trata-se do maior volume desde 24 de dezembro de 2014, quando choveram 52,4mm.
No acumulado de setembro, a precipitação já chega a 65,5 mm, 75,6% do esperado.
Os demais cinco sistemas que abastecem a Grande São Paulo também se beneficiaram com as chuvas no Estado. No dia mais chuvoso do ano na capital, o Guarapiranga subiu de 67,2% para 70,7%.
Agosto
Os novos números do Sistema Cantareira contrastam com o mau desempenho em agosto, mês em que teve apenas 30,7 mm de chuvas, o equivalente a 89,2% da média histórica do mês (34,4 mm).
Agosto foi o quinto mês seguido em que o sistema, que abastece 5,3 milhões de pessoas na Grande São Paulo, fechou "no vermelho".
Alagamento na Zona Leste de São Paulo durante temporal de 08/09/15.
O índice de 15,4% do Cantareira divulgado pela Sabesp considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água.
Após ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, a companhia passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.
O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira. Nesta quarta-feira, ele era de 11,9%. O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil, e era de -13,9%.
Falta de planejamento
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) informou que a falta de água em São Paulo foi resultado da falta de planejamento do governo paulista.
O órgão relatou que a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (SSRH) recebeu vários alertas sobre a necessidade de um plano de contingência para eventuais riscos de escassez hídrica na Região Metropolitana de São Paulo. A pasta negou as alegações e disse que era impossível prever a estiagem de 2014.
As informações fazem parte do parecer do TCE sobre as contas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do ano passado. O TCE aprovou as contas do tucano com ressalvas no fim de junho e listou 20 recomendações em diferentes áreas que o governo deveria adotar.
Medidas preventivas
Sobre a seca no estado, o Tribunal de Contas afirmou que outras medidas poderiam ter sido adotadas para que a crise não chegasse "ao ponto em que se encontra atualmente, ou pelo menos para que seus efeitos fossem minimizados".
Entre as propostas está a despoluição dos rios Tietê e Pinheiros, a recuperação da represa Billings e o combate mais efetivo de perdas de água na distribuição.
A Secretaria de Recursos Hídricos informou ao TCE que implantou diversas ações para uma situação de estresse hídrico, como o Programa de Uso Racional da Água (PURA), financiamento de estudos, projetos, obras e serviços ligados ao controle de perdas, e adoção de medidas para a prática de reuso de efluentes tratados para uso industrial, urbano e na agricultura.
Em nota enviada ao G1, o governo informou ainda que nenhum instituto ou especialista previu a severidade da seca que atingiu a região sudeste em 2014. (g1)

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