Cobertura
natural do Cerrado, bioma será monitorado de forma sistemática, com objetivo de
conter o desmatamento.
O
Cerrado brasileiro tem 54,5% de sua vegetação natural preservada. Piauí,
Maranhão, Tocantins e Bahia são os Estados com as maiores reservas desse bioma.
Esses dados foram anunciados em 25/11/15 pela ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira.
“Essa
é a nossa fotografia real”, afirmou a ministra, com base em dados fornecidos
pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE).
“A
boa notícia é que muitas pessoas achavam que tínhamos menos Cerrado. Temos mais
Cerrado e vegetação nativa preservados”, comemorou. Os números mostram que, em
2015, o Brasil já cumpriu a meta que havia sido estipulada para o bioma em
2020.
Segundo
maior bioma do País, o Cerrado ocupa uma área de 2 milhões de km2,
cerca de 22% do território nacional, no qual encontram-se as nascentes das
bacias do Araguaia-Tocantins e São Francisco, além dos principais afluentes das
bacias Amazônica e do Prata. O Cerrado abrange áreas nos Estados de Goiás,
Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Minas Gerais,
Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná e São Paulo.
Excluindo
os 55% de vegetação natural, 30% do Cerrado estão hoje ocupados,
principalmente, por pastagens, enquanto a agricultura responde por 8,5% do
total. Há também espaços ocupados, por exemplo, por áreas urbanas. Os Estados
com os menores níveis de vegetação natural são: São Paulo, com 17%, Mato Grosso
do Sul, com 31%, e Minas Gerais, com 48%.
Os
dados do estudo TerraClass Cerrado 2013, destinado ao mapeamento do uso da
terra e da cobertura vegetal do Cerrado, e do Projeto de Monitoramento do
Desmatamento dos Biomas Brasileiros por Satélite (PMDBBS), também referente ao
bioma, no período de 2011. O trabalho envolve esforços dos ministérios do Meio
Ambiente (MMA), da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Desmatamento
Junto
ao dado inédito sobre a cobertura natural da região, a ministra anunciou que o
desmatamento no Cerrado foi de 7.248 quilômetros quadrados em 2011, no dado
mais recente.
Com
base nessas informações, Izabella Teixeira anunciou que os biomas do Cerrado e,
também, o da Mata Atlântica passarão a ser monitorados nos níveis como
atualmente são monitoradas as florestas da Amazônia. A iniciativa vai abranger
todo o País até 2018.
Ela
informou que o Ministério do Meio Ambiente possui mais de R$ 200 milhões para
serem investidos em sistemas de controle de desmatamento e derrubada de
vegetação nos biomas brasileiros.
“Vamos,
agora, fazer um trabalho de monitoramento, como temos na Amazônia, para o
Cerrado e demais biomas brasileiros”, disse.
Segundo
a ministra, em 2016 e 2017, o monitoramento intensivo e sistemático das
vegetações nativas se estenderá ao Cerrado e à Mata Atlântica e em 2018 aos
demais biomas (Caatinga, Pantanal e campos do Sul do País).
Esse
monitoramento será feito pelo INPE, por meio do uso dos satélites, em
cooperação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O
objetivo é fazer com que o Brasil tenha condições de definir, até 2020, uma
estratégia de monitoramento de todos os biomas, com dados sobre desmatamento,
definição de taxa de queimadas e dados sobre a recuperação da vegetação.
(ecodebate)
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