SE/CO
deve terminar janeiro/16 com 46,5% da capacidade dos reservatórios
Afluências
altas permitem retomadas da hidrovia Tietê-Paraná.
Nordeste
ganha fôlego e deve ter 19,9% do nível.
A revisão
das previsões de afluências divulgada em 22/01/16, pelo Operador Nacional do
Sistema Elétrico, aponta que o nível de armazenamento no submercado
Sudeste/Centro-Oeste deverá ficar em 46,5% ao final de janeiro. Essa projeção
representa uma melhoria de pouco mais de dois pontos porcentuais ante o
previsto na semana passada pelo órgão. De acordo com a revisão 4 do PMO de
janeiro, o Sul deverá encerrar o mês com 94,2% de sua capacidade ocupada, o
Norte com 30,7% e o Nordeste com 19,9%, um incremento de mais de 7,5 pontos
porcentuais ante o que se esperava na semana passada como nível de fechamento
deste mês.
O volume
de energia natural afluente esperado para o final de janeiro é de 125% da média
de longo termo no submercado que abriga cerca de 70% da capacidade de
armazenamento do país. Já no sul a expectativa é de encerrar o primeiro mês de
2016 da mesma forma que o ano de 2015, chuvas bem acima da média, 207% da MLT.
No Nordeste, a perspectiva é de 38% da média histórica e no Norte está em 39%.
Como
reflexo desse volume de chuvas, o CMO voltou a recuar no SE/CO e Sul do país.
Na semana operativa que se inicia neste sábado, 23 de janeiro, o valor médio é
de R$ 6,07/MWh, sendo que os patamares pesado e médio estão equalizados em R$
7,08/MWh e o leve em R$ 4,31/MWh. No Norte o valor recuou para R$ 7,56/MWh
sendo que a diferença entre as cargas pesada e média para a leve é de R$
0,32/MWh sendo as primeiras em R$ 7,68/MWh e a última em R$ 7,36/MWh. No
Nordeste ainda há um descolamento bem acentuado do resto do país, com o CMO
médio a R$ 304,29/MWh, sendo as cargas pesada e leve a R$ 323,02/MWh e a leve a
R$ 271,44/MWh.
Outro
impacto das chuvas é reativação da hidrovia Tietê-Paraná que terá seu retorno,
com níveis mínimos flexibilizados e em caráter temporário a partir desse sábado
a até 5 de fevereiro. O ONS argumenta que essa medida foi possível ao se
analisar os estudos de simulação para as próximas duas semanas. Esses estudos,
indica o operador, apresentaram a viabilidade da manutenção da cota mínima de
324,8 metros na UHE Três Irmãos (SP, 804,5 MW).
“Esta
indicação temporária se deve à significativa melhoria nas condições
hidrológicas das usinas localizadas a jusante das bacias dos rios Grande e
Paranaíba, assim como as do rio Tietê”, aponta o ONS. Contudo, avisa que
“faz-se necessária a plena recuperação dos estoques armazenados nas usinas
localizadas nas cabeceiras dos rios Grande e Paranaíba, para que se garanta a
permanência da operação da hidrovia Tietê-Paraná ao longo do ano”.
A
previsão de carga do ONS para o encerramento de janeiro é de retração de 4,9%
ante o mesmo mês do ano passado. Segundo o operador, esse número ainda não
reflete a queda da demanda originada pelo realismo tarifário de 2015, já que o
RTE ocorreu em março e ainda há a questão das chuvas mais presentes esse ano e
com temperaturas mais amenas que no ano passado. O destaque da retração está no
SE/CO cuja previsão é de queda de 7,1% ante os primeiros 30 dias de 2015. No
sul a expectativa é de retração de 3,3%, no NE a estimativa aponta para recuo
de 3,8% e no Norte, ao contrário do restante do país a projeção é de elevação
de 7,3%, ainda por conta da integração de Macapá (AP) ao SIN e, por isso, ainda
contar com uma baixa base de comparação do ano anterior.
A geração
térmica prevista para a semana é de 14.332 MW médios, sendo que 4.253 MW médios
são por ordem de mérito, 2.949 MW médios por inflexibilidade, 7.084 MW médios
por garantia energética e 46 MW médios por restrição elétrica. (canalenergia)
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