2016 será
o mais quente de todos, diz o Met Office, serviço meteorológico do governo
britânico
Aparentemente
a Terra não prestou atenção à Conferência de Paris e segue esquentando, apesar
da promessa dos governos de resolver o problema em algum momento deste século.
As temperaturas globais devem bater novo recorde em 2016.
Uma
atualização da previsão do ano, divulgada no site do Met Office, indica que a
temperatura média global em 2016 deve ser 0,84oC mais alta do que a
média do período 1961-1990. Se confirmada, essa tendência trará um feito inédito
no registro climático global: três recordes históricos de temperatura máxima
batidos em três anos consecutivos.
2014
foi o ano mais quente desde que as medições globais começaram a ser feitas com
termômetros, em 1880: as médias naquele ano foram 0,61oC mais altas
do que no período 1961-1990. Os registros de 2015 indicam que apenas entre
janeiro e outubro o recorde de 2014 já havia sido batido, com 0,72oC.
Como não se tem notícia de uma onda de frio global entre novembro e dezembro,
nem a chegada do inverno ao hemisfério Norte atenuou a alta, e 2015
provavelmente superou 2014 como ano mais quente da história.
No
ano passado, graças a um El Niño que vem sendo chamado de “Godzilla”, o
aquecimento global bateu 1oC em relação à era pré-industrial. O
efeito do El Niño, somado ao da mudança climática, deve garantir a continuidade
do calorão neste ano.
O
Met Office diz não esperar que o futuro seja assim, com um recorde de
temperatura batido atrás do outro, indefinidamente (ufa). Afirma, porém, que as
mudanças causadas pelo acúmulo as emissões de gases de efeito estufa na
atmosfera têm a indesejável propriedade de potencializar flutuações naturais do
clima, como os El Niños e as variações em ciclos naturais dos oceanos, como a
Oscilação Decadal do Pacífico e a Oscilação Multidecadal do Atlântico.
Esses
fenômenos naturais alteram de tempos em tempos a circulação marinha, que é o
coração do sistema climático global, e são capazes de esquentar ou resfriar o
mundo sem nenhum auxílio externo.
No
Brasil, que teve uma série de recordes de temperatura quebrados no ano passado
e, isso poderá significar um verão escaldante, como os cariocas já descobriram,
e uma continuidade dos problemas de abastecimento de água em São Paulo. Em
Brasília, onde chuvas abundantes marcam um verão quase normal (costuma ser uma
época de temperaturas amenas na capital), o preço dos condicionadores de ar
começa a cair. Como eles provavelmente serão muito necessários no outono, fica
a dica. (ecodebate)
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