O PIB brasileiro: anuênio,
biênio, triênio, quadriênio, quinquênio, sexênio, septênio, octênio, novênio e
decênio.
O
IBGE divulgou os dados das Contas Nacionais em 03/03/16, apontando uma queda do
Produto Interno Bruto de 3,8% em 2015, em relação a 2014. A queda do PIB
resultou do recuo de 3,3% do valor adicionado a preços básicos e da contração
de 7,3% nos impostos sobre produtos. a Agropecuária (1,8%) apresentou expansão
de 1,8%, e a Indústria retração de -6,2% e os Serviços -2,7%. Em 2015, o PIB
brasileiro totalizou R$ 5,9 trilhões (valores correntes). O PIB per capita
ficou em R$ 28.876 em 2015, com queda de 4,6%, em volume, em relação ao ano
anterior.
O
Brasil, na segunda década do século XXI, está mal na fita do crescimento
econômico de longo prazo, qualquer que seja o espaço temporal analisado. O
IPEADATA disponibiliza uma série histórica do crescimento do PIB desde 1901. No
presente artigo, utilizamos a série do IPEA, atualizada pela nova metodologia
de cálculo das Contas Nacionais, divulgada pelo IBGE, em março de 2015. Os
novos critérios utilizados elevaram o crescimento do PIB, especialmente entre
2010 e 2014. Mas no conjunto – mesmo com as mudanças metodológicas – a série é
bastante ilustrativa do comportamento da economia brasileira no longo prazo. No
dia 03 de março o IBGE divulgou os dados de 2015, quando o PIB brasileiro
variou para baixo em -3,8%. O FMI projeta queda de 4% em 2016.
Nas
contas apresentadas pelo IBGE, o investimento caiu fortemente em 2015 e
acumulou retração de 14,1% em um ano. No quarto trimestre, frente ao mesmo
período de 2014, a queda foi de 18,5%. Isso tem carrega automaticamente uma
recessão para 2016. Houve também queda do emprego e do rendimento dos
trabalhadores. Com a queda da massa salarial, os empresários olham o cenário e
enxergam oportunidades para expandir suas estruturas de produção. Assim, as
perspectivas de recuperação ficam cada vez mais distantes.
O
primeiro gráfico (Anuênio) mostra as taxas anuais de crescimento do PIB no
Brasil entre 1901 e 2016. Nota-se que somente em 6 anos o Brasil teve queda do
produto acima de 3%, sendo duas vezes no governo Dilma. No segundo gráfico,
apresentamos as mesmas taxas anuais de variação do PIB, mas também a média
móvel de dois anos (Biênio). Somente duas vezes na história o PIB caiu em dois
anos consecutivos, em 1930-31 e 2015-16. Mas o biênio atual marca a pior
recessão da história brasileira do período. Os demais gráficos mostram os
triênios, quadriênios, quinquênios, sexênios, septênios, octênios, novênios e
decênios. Qualquer que seja o período analisado, o momento atual está entre o
pior ou o segundo pior, como pode ser visto abaixo:
Os dados acima não deixam dúvidas de que a economia brasileira está entrando em um período de baixo crescimento e que a segunda década do século XXI pode ser pior do que a década perdida dos anos de 1980. Em termos econômicos o Brasil está em retrocesso. Se este quadro não mudar rapidamente a crise vai se espalhar para todas as áreas e o país pode passar por uma situação de implosão social.
Os dados acima não deixam dúvidas de que a economia brasileira está entrando em um período de baixo crescimento e que a segunda década do século XXI pode ser pior do que a década perdida dos anos de 1980. Em termos econômicos o Brasil está em retrocesso. Se este quadro não mudar rapidamente a crise vai se espalhar para todas as áreas e o país pode passar por uma situação de implosão social.
Autores
como Michael Snyder já falam em colapso da economia brasileira e
latino-americana. O gráfico abaixo mostra que a variação trimestral foi de
-5,9% no quarto trimestre de 2015 em relação ao quarto trimestre de 2014. Ou
seja, a economia não chegou no fundo do poço. Ao contrário, a recessão está
caminhando para uma depressão. É necessária uma grande e urgente mudança de
rumo. (ecodebate)
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