Favela
Paraisópolis, junto ao Morumbi.
Em
maio deste ano, o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Urbanos
(ONU-Habitat) divulgou relatório sobre as cidades do mundo denominado
“Urbanização e Desenvolvimento: futuros emergentes”. O relatório é resultado de
20 anos de estudos, destaca o importante papel dos centros urbanos no
desenvolvimento global e conclui que o modelo de urbanização atual é
insustentável.
O
documento é uma contribuição para a terceira Conferência da ONU Habitat sobre
desenvolvimento sustentável que ocorrerá em outubro na cidade de Quito,
Equador, tendo como objetivo principal a elaboração de uma Nova Agenda Urbana
para o século XXI.
Atualmente
54% da população mundial vivem em cidades e estima-se que esse percentual suba
para 66% até o ano de 2050. O relatório afirma que as cidades são responsáveis
por 70% das emissões de carbono em nível mundial. E com o aumento da população,
cresce também o risco de intensificação da contaminação do ambiente.
Para
abrigar toda essa população, 70% da superfície das cidades é constituída por
moradias que definem a forma urbana, sua densidade e demandam energia e água.
Nesse contexto surgem inúmeros problemas como a demanda de energia e o consumo
de água. A expectativa é que para 2050 a questão de energia cresça em 40% e a
de água 50%, o que exigirá cada vez mais dos centros urbanos alta capacidade de
resiliência para enfrentar situações de emergência e obter fontes alternativas
de energia. Levando-se em consideração esse quadro, o relatório afirma que o
futuro sustentável das cidades e os benefícios da urbanização dependerão em
grande medida das futuras abordagens sobre a habitação.
Deve-se levar em conta que a construção de moradias envolve diversas atividades que impactam no ambiente tais como a utilização de materiais de construção a partir de várias fontes, utilização de máquinas, demolição de estruturas existentes, uso de áreas verdes, corte de árvores, destinação de resíduos etc. Consequentemente, o segmento da construção civil, numa perspectiva sustentável deve priorizar a redução de seus impactos sobre o meio ambiente e otimizar suas atividades de forma a reduzir seus efeitos negativos antes, durante e depois da obra construída.
Deve-se levar em conta que a construção de moradias envolve diversas atividades que impactam no ambiente tais como a utilização de materiais de construção a partir de várias fontes, utilização de máquinas, demolição de estruturas existentes, uso de áreas verdes, corte de árvores, destinação de resíduos etc. Consequentemente, o segmento da construção civil, numa perspectiva sustentável deve priorizar a redução de seus impactos sobre o meio ambiente e otimizar suas atividades de forma a reduzir seus efeitos negativos antes, durante e depois da obra construída.
A
nova Agenda Urbana implicará na aplicação de critérios de sustentabilidade e
utilização racional dos recursos naturais disponíveis na construção, exigindo
mudanças importantes nos valores que o setor da construção civil tem na sua
cultura consolidada ao longo dos anos. A incorporação de princípios de
sustentabilidade alterará diversos hábitos e costumes arraigados, visto que
contribuem para a conservação dos recursos naturais, maximizam a reutilização
desses mesmos recursos, melhoram a gestão do ciclo de vida das habitações, com
redução da energia utilizada e adoção de fontes alternativas de energia como a
solar, entre outros benefícios.
Hoje
é possível afirmar que não é fácil mudar o sistema de construção de edifícios,
pois para se alcançar a sustentabilidade nesse setor deve-se sair da rotina e
eliminar os maus hábitos adquiridos em décadas de desperdício de recursos
naturais utilizados nas obras. Há necessidade de mudança da mentalidade das
empresas do segmento, tendo como objetivo a priorização da reciclagem em
detrimento da tendência tradicional de extração de materiais naturais. Nas
construções futuras deverá ser incentivada a utilização de sistemas de energia
tendo como base produtos e energias renováveis.
O momento atual, com a perspectiva da retomada do crescimento no Brasil, oferece uma excelente oportunidade para as empresas do setor de construção civil e de infraestrutura. O envolvimento consistente com a sustentabilidade contribuirá para uma melhoria do posicionamento competitivo da organização decorrente do reconhecimento público de que a empresa é realmente parceira na construção de um desenvolvimento sustentável. (ecodebate)
O momento atual, com a perspectiva da retomada do crescimento no Brasil, oferece uma excelente oportunidade para as empresas do setor de construção civil e de infraestrutura. O envolvimento consistente com a sustentabilidade contribuirá para uma melhoria do posicionamento competitivo da organização decorrente do reconhecimento público de que a empresa é realmente parceira na construção de um desenvolvimento sustentável. (ecodebate)
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