Seca se intensifica com alto risco para cerca de 90
municípios do semiárido brasileiro.
A avaliação do Percentil
para os últimos 90 dias (período entre os dias 03 de junho a 31 de agosto)
indica áreas que apresentam a condição de “Muito Seco” principalmente na zona
da mata. Ressalta-se que a quadra chuvosa desta região foi encerrada no mês de
julho.
As
chuvas de setembro a novembro devem se tornar mais escassas na Zona da Mata dos
Estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Há
poucas chances de reversão do quadro crítico dos municípios impactados pela
seca, conforme o Relatório da Seca no Semiárido Brasileiro e Impactos
divulgado, pelo Cemaden.
O
período chuvoso, entre abril e julho, apresentou um déficit pluviométrico,
agravado no mês de agosto, com o registro de acumulados de chuva inferiores a
60 mm nos municípios da maior parte da região Nordeste. Esses municípios,
principalmente na zona da mata, foram caracterizados por condições de “Muito
Seco”.
A
avaliação do risco agroclimático (balanço hídrico) para o ano hidrológico
2015/2016 – referente ao período de outubro de 2015 a 31 de agosto de 2016-
indicou que cerca de 90 municípios foram classificados como de risco “Alto”,
aos que apresentaram entre 60 a 75 dias com déficit hídrico e de “Muito Alto”,
para os municípios com mais de 75 dias com o déficit hídrico.
O
trimestre agosto -setembro-outubro de 2016 pode marcar a transição para um
episódio de La Niña, provavelmente com fraca intensidade. A evolução
climatológica (histórica) das precipitações no trimestre
Setembro-Outubro-Novembro/2016 indica que as chuvas devem se tornar mais escassas
na Zona da Mata dos Estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio
Grande do Norte. Portanto, para os municípios impactados pela seca, nestes
Estados, há poucas chances de reversão do quadro crítico.
“A intensidade dos impactos da seca atingem as atividades agrícolas e/ou pastagens. A situação de seca intensificou-se, principalmente, na parte leste da Região Semiárida, atingindo os municípios inseridos nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.”, destaca o coordenador-geral do Cemaden, meteorologista Marcelo Seluchi. Ele explica que essa seca é o reflexo dos acumulados de chuva inferiores a média dos meses da estação chuvosa- entre os meses de abril a julho – conforme o sensoriamento remoto com base no índice de suprimento de água para a vegetação (VSWI).
“A intensidade dos impactos da seca atingem as atividades agrícolas e/ou pastagens. A situação de seca intensificou-se, principalmente, na parte leste da Região Semiárida, atingindo os municípios inseridos nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.”, destaca o coordenador-geral do Cemaden, meteorologista Marcelo Seluchi. Ele explica que essa seca é o reflexo dos acumulados de chuva inferiores a média dos meses da estação chuvosa- entre os meses de abril a julho – conforme o sensoriamento remoto com base no índice de suprimento de água para a vegetação (VSWI).
Essa
análise foi divulgada, ontem, no Boletim da Seca e Impactos no
Semiárido Brasileiro de Agosto 2016, elaborado pelo Centro
Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
No
relatório, de acordo com o índice de suprimento de água para a vegetação
(VSWI), 981 municípios apresentaram pelo menos 50% de suas áreas impactadas no
mês de agosto de 2016. “A estação chuvosa foi encerrada no ultimo mês de julho
e, em razão disso, o estresse vegetativo atual é esperado.”, explica Seluchi.
Considerando as poucas regiões onde o calendário de plantio se estende até o
mês de junho, o ciclo fenológico pode ainda estar em curso nos municípios
inseridos no Estado de Alagoas, região leste da Bahia, Pernambuco e Sergipe.
Nessa região, as áreas impactadas pela seca somam cerca de 9 milhões de
hectares.
As
previsões em escala de médio prazo (até 21 de agosto) indicam condições
favoráveis para a ocorrência de precipitações no litoral da Bahia, ao sul de
Salvador. A previsão climática sazonal de chuva (MCTIC) para setembro-outubro e
novembro de 2016 mostra, para toda a região Nordeste do País, uma previsão na
qual os três cenários (acima-dentro-abaixo da média) são igualmente prováveis,
indicando a incerteza associada a esta previsão. (ecodebate)
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