Quanto
mais cresce a população e a economia, mais crescem as emissões de carbono,
agravando o aquecimento global. Em 1960, as emissões de carbono estavam
concentradas nos Estados Unidos (EUA), Europa, Rússia, China e Japão. Os EUA
eram os grandes emissores. A Alemanha emita seis vezes mais que a Índia. O
Japão emitia quase o dobro da Índia e cinco vezes mais do que o Brasil.
De
1960 a 2014 todos os países aumentaram as emissões, mas foram os países do
chamado “Sul Global” que mais avançaram na poluição. A China passou a liderar
as emissões com larga margem. Os EUA continuam em segundo lugar, mas emissões
caem desde 2007. A Índia assumiu o terceiro lugar e ultrapassou a Rússia, a
Alemanha e o Japão. A Indonésia ultrapassou o Brasil.
O fato é que os três países mais populosos do mundo e as três maiores economias (em ppp) são as três fontes principais de poluição do Planeta e são os principais responsáveis pelo aumento do efeito estufa e o aquecimento global da Terra. A soma das emissões de China e Índia já é maior do que as emissões dos EUA e União Europeias juntas. As emissões da Alemanha em 2014 são menores do que as de 1960. O Japão já vem diminuindo as emissões desde 1996.
O fato é que os três países mais populosos do mundo e as três maiores economias (em ppp) são as três fontes principais de poluição do Planeta e são os principais responsáveis pelo aumento do efeito estufa e o aquecimento global da Terra. A soma das emissões de China e Índia já é maior do que as emissões dos EUA e União Europeias juntas. As emissões da Alemanha em 2014 são menores do que as de 1960. O Japão já vem diminuindo as emissões desde 1996.
Os
países ricos e de economias avançadas foram os que mais poluíram no passado e
possuem grande responsabilidade pela situação atual. Mas nos últimos anos as
emissões de carbono crescem mais rápido nos países mais populosos do “Sul
Global”. Brasil e Indonésia, por exemplo, aumentam suas emissões. Como a
população e a economia devem crescer em ritmo mais acelerado nos países em
desenvolvimento, o “Sul Global” não pode ficar de fora do esforço de
descarbonizar a economia.
Se nada for feito, a temperatura do Planeta pode ultrapassar 5º C até o final do século XXI. Isto seria uma catástrofe, pois poderia elevar o nível dos oceanos em mais de 6 metros, inundando grandes áreas produtivas e grandes áreas urbanas onde morram bilhões de pessoas. A figura acima mostra que, mesmo cortes moderados das emissões, ainda levariam ao aumento da temperatura acima de 3º C. Para ficar dentro dos limites do Acordo de Paris, da COP-21, seria necessária uma rápida descarbonização da economia mundial.
Se nada for feito, a temperatura do Planeta pode ultrapassar 5º C até o final do século XXI. Isto seria uma catástrofe, pois poderia elevar o nível dos oceanos em mais de 6 metros, inundando grandes áreas produtivas e grandes áreas urbanas onde morram bilhões de pessoas. A figura acima mostra que, mesmo cortes moderados das emissões, ainda levariam ao aumento da temperatura acima de 3º C. Para ficar dentro dos limites do Acordo de Paris, da COP-21, seria necessária uma rápida descarbonização da economia mundial.
O
ano de 2015 foi o mais quente desde o início das medições em 1880. O ano de
2016 será ainda mais quente, sendo que os meses de fevereiro e março de 2016
bateram todos os recordes de temperatura e se aproximaram de 1,5º C em relação
ao período pré-industrial. Ou seja, o mundo já está se aproximando da meta
limite colocada no Acordo de Paris da COP-21.
Tem
crescido os eventos extremos, como as enchentes causadas pelo grande volume de
chuvas no Estado da Louisiana, no sul dos Estados Unidos, que já deixaram pelo
menos 15 mortos e milhares de pessoas em abrigos de emergência nos últimos
dias. A Cruz Vermelha americana declarou que o desastre natural é pior a
acontecer nos país desde o Furacão Sandy, há 4 anos.
Exemplos
como este e outros, mostram que a humanidade precisa reduzir sua pegada
ecológica e respeitar as fronteiras planetárias. Só com decrescimento das
atividades antrópicas será possível respeitar a capacidade de carga do Planeta.
Neste sentido, a ajuda dos países ricos seria fundamental para contribuir na
transição demográfica dos países pobres, viabilizando a oferta de métodos de
regulação da fecundidade e reduzindo o número de gravidez indesejada. A ajuda
também seria fundamental para a mudança da matriz energética e a mudança no
modo de produção agrícola, abandonando uma agricultura petroficada para uma
produção agrícola mais orgânica.
Por
fim, é preciso reduzir os gastos militares, pois as forças armadas do mundo e
os conflitos de guerra são parte importante das emissões de gases de efeito
estufa. O mundo precisa de paz e de um movimento de desobediência civil contra
o consumicídio, assumindo o estilo de vida da simplicidade voluntária.
(ecodebate)
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