2ª maior rede de supermercado brasileiro não venderá
carne de fornecedor desmatador
Segunda maior rede de supermercados do Brasil deixará
de vender carne de fornecedor que desmata.
Iniciativa do Grupo Carrefour reforça acordo firmado em 2009 entre MPF, produtores de gado e frigoríficos.
Iniciativa do Grupo Carrefour reforça acordo firmado em 2009 entre MPF, produtores de gado e frigoríficos.
Desdobramento
do projeto Carne Legal do Ministério Público Federal, a segunda maior rede de
supermercados do Brasil, o Grupo Carrefour anunciou em 25/08/16 que não
comprará mais carne bovina proveniente de desmatamento e violações
socioambientais. A iniciativa reforça o acordo firmado em 2009 entre o
Ministério Público Federal, produtores de gado da Amazônia e os três maiores
frigoríficos do Brasil (JBS, Marfrig e Minerva) com o mesmo objetivo.
O
anúncio foi feito durante o evento ‘Diálogos sobre Pecuária Sustentável’,
promovido pela empresa em parceria com o governo do estado do Mato Grosso, com
a participação do MPF, representantes de entidades e empresas do setor da
pecuária bovina.
Com a entrada das três maiores redes de supermercados do Brasil no acordo, a estimativa do Greenpeace é que pelo menos 80% do volume de abate bovino na Amazônia passe a ser monitorado.
Com a entrada das três maiores redes de supermercados do Brasil no acordo, a estimativa do Greenpeace é que pelo menos 80% do volume de abate bovino na Amazônia passe a ser monitorado.
Presente
no anúncio, o procurador da República Daniel Azeredo, idealizador do acordo
assinado em 2009, destacou que o processo teve início com a atuação do MPF.
“Mas entendemos que o melhor modelo é o da auto-regulamentação pelo setor
privado. A união do varejo, frigoríficos e produtores pode ser capaz de
aumentar os níveis de proteção em um curto período de tempo”, observou.
Segundo
a nova política de compra de carne bovina do grupo, serão vetados fornecedores
que vendam produtos provenientes de áreas de desmatamento, embargadas, unidades
de conservação, terras indígenas e que utilizem trabalho escravo. Os critérios
adotados pelo protocolo de controle da pecuária abrangem todos os biomas
brasileiros. O controle será feito por um sistema de monitoramento dos
processos produtivos que vai cruzar os dados das plantas produtivas de cada
fornecedor do grupo para identificar possíveis irregularidades.
Participaram
do evento o governador do estado de Mato Grosso, Pedro Taques, o diretor geral
adjunto do Grupo Carrefour, Jérôme Bédier, e o CEO do Grupo Carrefour Brasil,
Charles Desmartis.
TAC
da Pecuária – Em 2009, o MPF assinou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para
que os produtores parassem de comercializar a carne proveniente de áreas
desmatadas e que os frigoríficos não comprassem carne de quem desrespeita
normas ambientais e trabalhistas. O acordo foi assinado pelas três maiores
empresas da área – JBS, Marfrig e Minerva. Estudo publicado na revista
científica Conservation Letters, em 2015, atestou a eficácia dos acordos.
(ecodebate)
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