Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou mais de 53 mil focos de
incêndio neste ano no território brasileiro.
Desde
o início do ano até o dia 5 de agosto, foram registrados mais de 53 mil focos de
queimadas e incêndios florestais no País. O número representa um aumento de 65%
em relação ao mesmo período do ano passado. O registro foi feito pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade de pesquisa do Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Segundo
o coordenador de Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais do INPE,
Alberto Setzer, o País está no início da temporada de queimadas, que atinge o
pico em setembro. Ele alerta sobre a necessidade de intensificar a fiscalização
para evitar que a população coloque fogo na vegetação nesta época do ano – a
ação do homem, aliada ao tempo quente e seco, é uma das principais causas dos
incêndios florestais.
O
Acre apresenta uma das situações mais graves, com 844 focos – três vezes mais
que 2015. No Amazonas, foram registrados até agora 3.022 registros de
queimadas, um crescimento de 284% na comparação com o mesmo período do ano
passado. Os números são do Programa de Monitoramento de Queimadas e Incêndios
Florestais do INPE.
Focos de incêndio já triplicaram no Acre, onde a estiagem pode levar o rio ao nível mais baixo da história.
Focos de incêndio já triplicaram no Acre, onde a estiagem pode levar o rio ao nível mais baixo da história.
“Como
estamos no início da temporada de queimadas, ainda não sabemos como será este
ano. Tudo vai depender de como vai ser a fiscalização, porque, do ponto de
vista do clima, a situação está muito difícil”, diz o pesquisador.
Segundo
o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do MCTIC, a seca que atinge o
sudoeste da Amazônia, especialmente o Acre, deve se agravar ainda mais nos
próximos meses.
O
rio Acre deve atingir o mais baixo nível histórico (entre 1,20 m e 1,30 m) e
impactar a navegação e o abastecimento de comunidades ribeirinhas. O
levantamento é válido para os meses de agosto, setembro e outubro deste ano.
Desde
março, o volume de chuvas é pouco na região, em parte por conta do El Niño, que
começou no outono do ano passado. O fenômeno está associado ao aquecimento das
águas do Oceano Pacífico equatorial, alterando os ventos em boa parte do
planeta e o regime de chuvas. (ecodebate)
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