Trump e o negacionismo climático:
Polêmica só para confundir

Manifestantes chamam atenção para populações ameaçadas pelo aquecimento global.
Quando você vê o derretimento das calotas polares, tem alguma dúvida sobre o aquecimento global. Pois Trump, eleito Presidente, nega essa comprovação científica e avisa que tão logo empossado vai cancelar os acordos climáticos que os Estados Unidos assinaram.
Alguns cientistas “dissidentes”
negam a crise climática,
isso significa que pode haver alguma dúvida séria, mesmo, a respeito? Uma das alegações é que o
Sol está
reduzindo seu nível de
atividade, porém
esquecem de dizer que a medida de tempo desse fenômeno é em milhares de anos,
enquanto o desequilíbrio climático pode inviabilizar a vida humana em algumas
décadas.
Al Gore, ex-Vice Presidente
americano, descreve em seus livros o modo como tais dissidentes são
incentivados pela indústria petrolífera para produzir dúvidas sobre o trabalho
dos cientistas do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), órgão da
ONU, situado em Genebra. Com dúvidas, as pessoas não reagem.
Quando os invernos são mais
rigorosos alguns questionam “a tese do aquecimento” e de fato esse nome não é o mais
adequado, pois o que ocorre é uma
maior amplitude térmica,
gerando fenômenos
extremos, que também
implicam em mais ciclones, além do
aumento da temperatura média.
A Amazônia não é o pulmão, é o ar
condicionado do planeta”, já alertava
José Lutzemberger em seu Manifesto Ecológico em 1970. Os mais jovens não sabem, mas no Rio Grande do Sul, por exemplo, não havia ciclones até o ano
2000. As novas gerações já conheceram o mundo assim, repleto de eventos
decorrentes do desequilíbrio, o que talvez também ajude a explicar a apatia de
protestos contra a destruição ambiental.
Trump é o mais perigoso dos
ignorantes, porque é o irresponsável mais poderoso do mundo, capaz de destruir
as condições de sobrevivência humana na Terra, ao colocar o país mais poluidor
do mundo em rota de colisão com os esforços para diminuir a emissão de gases
efeito estufa.
Que o povo americano queira por
fim ao Obamacare, seu sistema de saúde pública, é problema deles, se querem
acreditar no mito do voltar a ser grande pela prepotência é problema
deles, mas se querem poluir mais o planeta, é problema
nosso. Pela falta de carisma da Hillary, entre outros de seus muitos defeitos,
várias pessoas chegaram a dizer que Trump ou Hillary é a mesma coisa, o que não é verdade.
Nem mesmo os líderes do
Partido Republicano concordam com Trump, nem mesmo a liberal imprensa
norte-americana, que não o
apoiou.
Só os ingênuos e os desinformados
podem relativizar os danos que sofreremos com Trump no poder. (ecodebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário