SBPC e ABC fazem manifesto
alertando para as altas taxas de desmatamento do Cerrado.
Colniza, MT, Brasil: Área
degradada no município de Colniza, noroeste do Mato Grosso.
As
entidades alertam para as altas taxas de desmatamento e pedem urgência na
implementação de políticas públicas de proteção ao bioma.
A
SBPC e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) divulgaram em 17/04/17, um
manifesto para alertar o Governo Federal, os Governos Estaduais e toda a
sociedade, para as altas taxas de desmatamento do Cerrado, que ameaçam sua
sobrevivência. Na nota, as entidades afirmam que é fundamental que as duas
esferas de governos implementem políticas públicas que visem ampliar
significativamente a área conservada em unidades de proteção integral e de uso
sustentável, bem como os recursos para o desenvolvimento científico e
tecnológico do bioma. Pedem também que tais politicas visem à implantação do
Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), bem como da
Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Proveg).
“É
imperioso que essas políticas sejam executadas de forma integrada. Para tanto,
é fundamental que os recursos financeiros e técnicos sejam garantidos e que
haja uma harmonia entre os entes governamentais, instituições de pesquisa e
ensino, organizações da sociedade civil e iniciativa privada”, defendem a SBPC
e a ABC na nota.
As
entidades ressaltam a importância do Cerrado, onde nascem três das principais
bacias hidrográficas, que abastecem de água grande parte do Brasil. “O Cerrado
é a savana mais rica em espécies do mundo e a mais ameaçada pelas atividades
antrópicas. Sua biodiversidade e os produtos que ela pode gerar em benefício da
humanidade são ainda pouco conhecidos”, destacam.
Apesar
da riqueza e importância, a SBPC e a ABC lamentam que o Cerrado esteja sofrendo
com as mais altas taxas de desmatamento, que já dizimou metade de sua
vegetação. O desflorestamento, somado a práticas “insustentáveis”, segundo
alerta a nota, vêm causando a redução dos recursos hídricos e da
biodiversidade, comprometendo a própria existência desse bioma.
“Isto
compromete não apenas o uso futuro, mas também o uso presente pela população
brasileira e pelas iniciativas econômicas vigentes. É vital para a sociedade
brasileira que o uso atual do Cerrado não comprometa o futuro do Brasil”,
defendem as instituições, ressaltando a importância dos governos Federal e
Estaduais implementarem as políticas públicas propostas. (ecodebate)
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