Degelo:
Mudança climática poderia aumentar a área livre de gelo na Antártida em 25% até
2100.
Área livre de gelo, oeste
da Antártida.
O
fenômeno da mudança climática poderia aumentar em 25% a área livre de gelo na
Antártida até o fim deste século, o que provocaria efeitos drásticos na
biodiversidade do continente, informaram em 29/06/2017 fontes
oficiais.
A
área sem gelo representa atualmente 1% da superfície do Continente Polar – cuja
extensão total é de aproximadamente 14 milhões km2 -,
local onde se concentra quase toda a sua fauna e flora.
Uma
pesquisa da Divisão Antártica Australiana (AAD, a sigla em inglês), a primeira
a investigar o impacto da mudança climática nas áreas sem gelo da Antártida,
prevê que esses terrenos aumentarão até se unir. O trabalho foi publicada hoje
pela revista Nature.
O pesquisador da AAD Aleks Terauds disse que as
previsões indicam que o desaparecimento do gelo em 2100 fará com que surjam
aproximadamente 17.267 km2 de terreno, o que representa
aumento de quase 25%.
“Isso
oferecerá novas áreas de expansão para espécies nativas, mas também poderá
atrair espécies invasoras e, em longo prazo, levar à extinção das espécies
nativas menos competitivas”, disse Terauds em comunicado da AAD.
Segundo
o especialista, o degelo afetaria principalmente a Península Antártica e a
Costa Leste do continente.
Para
a especialista Jasmine Lee, diferentemente de estudos anteriores, que se
concentraram na redução da capa de gelo e em seu impacto no aumento do nível do
mar, esse novo trabalho analisa os efeitos na biodiversidade do continente.
Lee
lembrou que as atuais áreas sem gelo variam de 1 km2 até
milhares e são importantes berçários para focas e pássaros marinhos, além de
acolher invertebrados, fungos e líquens endêmicos.
A
pesquisa foi apresentada ao Comitê para a Proteção Ambiental durante a reunião
consultiva do Tratado Antártico, realizada em maio na China. (ecodebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário